quinta-feira, 7 de dezembro de 2006

Cinema, telefones e urubús


Pois é... Eu falo que só me aborreço e ninguém acredita.

Hoje fui ao cinema com minha digníssima esposa. Assistimos a um excelente filme: "Os Infiltrados" de Martin Scorcese. Isso é, tentamos.

Sim, o filme é excelente, a sala de cinema é a melhor de São Paulo (UCI do Jardim Sul - ótimo som e boa visão em qualquer poltrona), mas os Deuses não quiseram que eu tivesse uma agradável tarde com minha bela esposa. Eles (eu sei que foram eles) colocaram uma argentina-uruguaia-paraguaia-ou-qualquer-chicana-subdesenvilvida
-do-caralho-dessa-américa-do-sul-de-meu-Deus bem do nosso lado. E a desgracenta não saía do telefone. Mas não é como se ela estivesse salvando a vida de alguém. Os assuntos eram fúteis e aconteciam sempre nos momentos mais espetaculares do filme. Eu precisava escrever isso? Vocês já sabiam, né? Lógico que ela iria atrapalhar as melhores partes. Os Deuses não têm a menor imaginação.

Por isso eu vou colocar aqui algumas opções para que esse tipo de acontecimento se torne mais interessante.



Opção 1:

No meio do filme um padre e um rabino começam a discutir se Jack Nicholson é ou não um enviado de Satanás. O rabino dá um gancho de direita no padre. Atordoado, o padre começa a dançar macarena, o que deixa o rabino muito confuso. Nesse momento, 458 macacos-mandril entram fumando pela saída de emergência B.



Opção 2:

Uma senhora grávida começa a entrar em trabalho de parto no momento em que Leonardo de Cáprio fala: "You're the only person I can trust". Por causa disso o bebê recebe o nome de Yudeonli da Silva. Todos aplaudem à bela cena e 362 macacos-mandril entram pela saída de emergência B. Sem fumar em respeito ao recém-nascido.



Opção 3:

Martin Scorcese entra no meio do filme para perguntar o significado de algumas cenas que ele não tinha entendido direito. Metade da platéia acha que sim. A outra metade acha que não. Confuso, Scorcese corre para a saída de emergência C, pois a B está impedida por 675 macacos-mandril que acham que talvez sim, talvez não.



Opção 4:

Um estudante se levanta e começa atirar por todos os lados... Pensando bem, esqueça essa. É muito absurda.



Opção 5:

Uma argentina-uruguaia-paraguaia-ou-qualquer-chicana-
subdesenvilvida-do-caralho-dessa-américa-do-sul-de-meu-Deus começa a falar no celular. Um macaco-mandril a pega pelo cabelo e a arrasta para a saída de emergência B onde 17.984 macacos-mandril começam a violentá-la com celulares antigos. Para azar da moça eles são antropófagos e além de comê-la elas a comem.

Nesse momento 42 coalas e um chefe de polícia aparecem vestidos com ceroulas e cantando "Índia" em grego arcaico enquanto os créditos na tela se transformam em uma receita de sopa de cebola com aipo.





Enfim amiguinhos, como dizia meu pai, um assassinato imaginário por dia é o que nos salva da loucura. Esse é o meu assassinato de hoje. Faça também o seu!





nenhum animal foi ferido no decorrer deste texto





4 Comments:

Blogger Taturana Pai said...

Como assim: "...dizia meu pai"? Seu pai tá vivo (acho). Logo, seu pai ainda diz, ô pastel...

12:53 PM  
Anonymous Anônimo said...

Ih, meu amor, o Filipe matou vc! Ahahahahahah!!!!!!!

5:21 PM  
Blogger Filipe Trielli said...

é que você nunca mais disse isso. Além do mais, eu achei mais poético. E tem o lance do Freud... sei lá, são tantos motivos...

8:59 AM  
Anonymous Anônimo said...

Filipe

Depois me inclua na relação de colaboradores de SÓ ABORRECIMENTO.

Gostaria de fazer alguns comentários sobre um programa maravilhoso que vai ao ar na Rede Vida todos os domingos à noite, depois das 22 horas -- na faixa ADULTA da emissora, pois trata-se de uma programa de conteúdo FORTE, como diriam os seus avós, ou os nossos pais.

Beijos, Chico

7:51 PM  

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