Oba! Mais Mulher Pelada (e de quebra alguns desatinos e desenganos)
Eu entendo perfeitamente o inconformismo do Taturana Pai ao ter que ficar falando de negócios ao lado de um estúdio onde rolava uma sessáo de sacanagem com algumas mulheres nuas. Mulher pelada é algo que já tira a gente do sério em situações unidimensionais e bidimensionais, imagina em 3D....
A primeira vez que vi um ensaio fotográfico com mulheres peladas foi em 1987, quando morava em São Paulo e trabalhava numa agëncia de propaganda muito divertida chamada ÉTICA PROPAGANDA, que tinha a conta das Persianas Columbia e da Prosdócimo. Nós trabalhávamos na época com dois fotógrafos para fazer stills de refrigeradores e persianas, e tanto um quanto o outro ganhavam dinheiro fotografando coisas inanimadas, mas se divertiam mesmo fotografando adivinha o quë? Mulher pelada. Um deles era o Mikas, que produzia muita coisa para a Ele&Ela na época, e o outro era o Dimas, que fazia muitas fotos para a Status. No estúdio do Dimas, eu vi uma única sessáo de fotos, e mesmo assim por trás de uma porta, pois a modelo era meio fresca e náo queria gente passeado pelo estúdio. Já no do Mikas, que ficava bem ao lado da ÉTICA -- Cardeal Arcoverde quase esquina com Fradique Coutinho, casas que já não existem mais --, era a maior festa, até porquë ele fotografava meninas com quem ele estava saindo, e nós -- eu, o Ruben, um uruguaio muito divertido que era produtor gráfico, e o Sérgio, um baiano loiro que tinha sobrenome polonës e era diretor de arte -- podíamos entrar e sair do estúdio a qualquer hora do dia ou da noite. O Mikas era um excelente anfitriáo. Pelo menos uma vez por semana, rolava uma festa no estúdio dele.
Mas aí eu voltei para Santos, me afastei da publicidade, e nunca mais tive acesso a essas boiadas. Até que um belo dia, 4 anos atrás, recebi um convite para assistir a um ensaio fotográfico de "nu artístico" comandado por um amigo meu, que estava debutando como fotógrafo, e eu -- claro -- fui correndo reservar minha poltrona. O estúdio dele ficava bem ao lado da Estaçáo Ana Rosa. A "missáo" dele era fotografar as putas que trabalhavam nos diversos puteiros de um amigo dele, para depois distribuir as fotos em sites de "acompanhantes", que ele próprio administrava.
A situação toda foi muito engraçada. Ensaio com mulher pelada náo tem meio termo: ou é tenso, ou é muito divertido. Havia um monte de putas na entrada do estúdio -- que era minúsculo, e nem era exatamente um estúdio -- fazendo a maior algararra. E puta quando se reúne com outras do mesmo métier acaba sempre sendp sinönimo de gargalhadas sonoras, muito palavráo, e de vez em quando umas baixarias de praxe. Mas naquela tarde náo houve a menor encrenca. E o meu amigo conseguiu fotografar todas elas peladas sem problemas, e a toque de caixa. Não via tanta puta pelada ao mesmo tempo desde os tempos em que invadíamos os camarins do saudoso Pink Panther. Muito bacana. Claro que as fotos ficaram uma bosta, mas também...não se pode ter tudo na vida, náo é mesmo?
Alguns meses mais tarde, esse meu amigo deu um upgrade no negócio dele, e começou a produzir também vídeos de fudelança com as meninas dos puteiros conveniados. Náo para os sites dos puteiros, mas para um dealer de Singapura, que distribuia os videos em sites de Latinas pelo mundo todo. Virou uma negócio bem próspero, e esse meu amigo começou a ganhar uma boa grana com isso. Da minha parte, fiquei aguardando ansiosamente ser convidado para assistir a uma dessas sessöes, e se possível para trabalhar na produção de um deles.
Demorou um pouco, mas um dia veio o convite.
Só que infelizmente, nesse meio tempo, o mercado havia mudado de rumo. O tal dealer de Singapura se desinteressou de uma hora para outra do nosso segundo maior produto de exportaçáo -- as mulatas, mamelucas e pardas em geral.
Daí, esse meu amigo produtor acabou aceitando uma proposta de um outro dealer de Amsterdam para fazer filmes de fudelança com o nosso maior produto de exportaçáo -- os travestis, claro!
Foi a maior roubada. Eu confesso que fiquei muito impressionado com o que eu vi naquele dia. Era assustador. Uma verdadeira parada de Dia das Bruxas, O set de filmagem era uma suite bem grande de um motel na Raposo Tavares. A gravação começou às 3 da tarde e foi até 10 da noite. Haviam 6 travestis, 2 bofes e 3 putas. Todas as conjunções carnais possíveis entre eles foram devidamente exploradas. Enquanto isso, os 2 bofes náo perdiam tempo e se chapavam de Viagra para conseguir dar conta de todos os cus disponíveis. No final acabariam sendo enrabados pelos travestis -- exigëncia do holandës que contratou o serviço.
Detalhe #1: nenhum dos 2 bofes contracenou em momento algum com as 3 putas. Elas estavam alí para trepar com os travecos. Outra exigëncia do holandës que contratou o serviço.
Detalhe #2: tanto os travecos quanto os bofes usavam obrigatoriamente cinta-liga e soutien preto nas performances. E sempre que as bibas levavam uns trancos dos dois bofes, ou vice-versa, todos -- bofes e bibas -- tinham que gozar nas meias cumpridas que estavam usando -- mais uma exigëncia do holandës que contratava o serviço.
(confesso que nunca consegui entender o porquë dessa última exigëncia, mas achei melhor náo polemizar, pois estava longe de casa, sabe como é...)
Depois de 2 horas de muita fudelança rolando simultaneamente em vários cus, e com muita luz em cima dos protagonistas, aquele ambiente fechado começou a cheirar a merda. A cheirar forte. Ficou difícil permanecer alí com a sanidade intacta. mas o caso é que ninguém podia sair. A produção estava correndo na clandestinidade, o gerente do motel náo sabia de nada, e nem poderia saber, pois o meu amigo havia negociado o set com um funcionário subalterno. O jeito era ir até o fim o mais rápido possível, encerrar cedo e depois passar os vídeos por FTP para o holandës -- que estava em Amsterdam -- dar o okay.
Em meio àquele cheiro de merda, eu ainda ouvi um dos bofes dizer uma frase lapidar: "Eu adoro travestis, eles sáo maravilhosos, a coisa mais bonita que Deus já criou".
E entáo, quando tudo acabou e finalmente pudemos ir embora dalí, o motorista da produção deixou os travecos pelo caminho, e ofereceu uma carona para mim e para a maquiadora até o Jabaquara, pois viríamos em seguida para Santos.
Junto veio um dos travecos, que náo conseguia esconder o cansaço. Estava indo para casa também. Mas náo veio com a gente. Pegou o outro ônibus, para São Vicente.
Morava na Biquinha, claro...
15 Comments:
Porra, Chico! Roteiro de filme nacional aqui? Só faltou um traficante e um favelado oprimido. Deus me livre...
Pois é, Luigi, e o Armandinho vivia me pedindo para convidá-lo para uma dessas barcas.
Isso aqui é só para ele saber do que foi poupado.
Amigo é para essas coisas.
Beijos
Manuel mann, voce é o Chiquinho? Estranho!!!
Chiquinho, conta direito esse negócio!
Eu gostaria era de ter ganhado uma graninha fazendo book de puta. E pedi para vc a senha para entrar no site do seu amigo para ver a putaria retratada por ele, como era o estilo.
Ir em uma barca de filmagem, médio, não me atrai muito. Acho sacal. Muito calor, corta, volta, corta, volta,todo mundo trampando, mais do que trepando,a gente de bico no estúdio...Sacal.
Agora ficar trancado em uma sala dez horas vendo traveco tomar no cú, é programa prá DOI CODI. Não sei o que é pior, isto ou ir ver o papa em Aparecida.
P.S - Os sobrinhos mais desinformados podem perguntar para o Tio Chico ou para o PapaiTurana o que é DOI CODI. Ali o bicho pegava! Tomar no cú dez horas era mais leve.
Bom, Armando, eu estou acostumado a ficar horas e horas em estúdio gravando comerciais, e posso te garantir que náo faz muita diferença gravar putaria ou ofertas de supermercado. Claro que em tese, putaria tem tudo para ser bem mais divertido, só que nem sempre é assim que acontece. Mas foi legal, de alguma maneira. A náo ser pelo cheiro, claro. Ainda bem que, por enquanto, só transitam pela web arquivos de imagem e som, nada de fragräncias.
Agora, náo fala assim dos travecos, coitados (sic), eles também sáo filhos de Deus!
Agora, Armando, posso te garantir que ir a Aparecida ver o Papa é mil vezes pior.
Sua Santidade é um homem refinado, e merecia ter sido recebido num lugar de acordo, náo naqueles prédios de arquitetura "early nothing", com toda aquela breguice horrorosa em volta.
Aparecida é táo tosca que o Ronaldo Esper esteve lá, junto com seu companheiro rouxinol Agnaldo Rayol -- que cantou para o Papa --, e sequer sentiu vontade de levar um adorno, ou mesmo um dos cálíces da cerimönia, para dentro de seu Fusquinha.
PERA AI !!! EU ENTENDI DIREITO ??
Ronaldo Esper e Agnaldo Rayol,não deveriam estar na parte do texto em que os caras tomam no cú?_ Voce anda muito confuso Chiquinho.
O CARA DO MEIO NA FOTO,PARECE O JABURU...
Parece não, é o Sr. Jaburu, com um modelito que desenhei para ele.
Quanto a levar adornos de Aparecida, dispenso a alfinetada Sr. Chiquinho. Tive um pequeno transtorno de personalidade, mas fiz a Terapia do Rabino e estou limpo novamente.
Deus é mais!
Chiquinho, acho gravação de comercial ou qualquer tipo de estúdio de tv, um programa similar à sala de espera de dentista. Mas fui em uma contigo (lembra?)em que a Hortência fazia um comercial de sandália. Cara, pirei com o pézão dela. Que pé tesão! Fiquei lá ao lado dela, enquanto a luz era preparada durante horas, hipnotizado por aquele pépezão delícia.
Que pata sublime!
Outra de estúdio: Em Santos Luigi me liga convidando para irmos à gravação do Jô, em Sampa. Isso antes do gordo se tornar esse palerma nauseante de agora. Programa de vagabundo total, no meio da semana, à tarde. Fui, é claro. Na segunda entrevista eu já queria fugir no primeiro intervalo. Na terceira, caímos fora e fomos pro Jacaré, encher a cara. Fechamos o Jacaré. Depois de nos perdermos a pé, de madruga e fechar mais um dois pés sujos, terminamos na Rua Pinheiros onde o caixa era uma senhora que ganhava uns extras vencendo queda de braço em bares de caminhoneiros. Marta Quebra Ossos Smith, para os íntimos. Lá pelas tantas, pedimos a décima saideira e ela diz que não serve, fechou. Nisso Luigi, com seu famoso olhar de garoupa de freezer diz alto e firme: -Nariz de Pica! Nariz de Pica meu amor, por favor mais uma cerveja! Eu me sinto como um cara no corredor da morte quando o padre aparece. Ele segue imperturbável: - Nariz de Pica, vem comer meu cú, Nariz de Pica. E traz uma cerveja.
Bom, a cerveja veio e conseguimos sair vivos de lá. Tenho certeza que ela acreditou que não era possível estar ouvindo aquilo.
A partir de então que a graciosa alcunha de Nariz de Pica, se incorporou completamente em nosso dia a dia e principalmente noite a noite. E atenção:Hoje é com carinho e uma certa admiração e não pejorativamente que nos referimos a alguma moça que a mereça.
Puxa, Armando, você falou em Nariz de Pica e eu, de repente, lembrei da Valentina...
Lembrei também do Lisboa, que, na época em que a Valentina namorava com o tio dele, a chamava carinhosamente de "Tia Buceta"...
Aliás, vocë mencionou o Jô Soares, e ele está fazendo um programa sensacional nesse exato momento, com o Ariano Suassuna ocupando 3 blocos inteiros do programa.
E o Papa em Aparecida? PapaiTurana nosso Gustavo Corçãozinho de plantão, não está tirando ele do rol do pior de tudo, não?
Aliás, hoje um senhor, que via-se que era uma pessoa equilibrada e bons princípios, num rompante de impaciência, perfeitamente compreensível, atirou-se no papamóvel para dar àquele alemão, um corretivo necessário. Foi contido por bestiais brutamontes, mercenários a serviço de sua santidade.Uma lástima.
A verdade esta no coração dos justos, Armandinho. Tu sabes disso. Entuba a miséria da tua descrença miserável... pobre miserável.
Bendito seja Bento XVI.
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