QUE MERDA
Estou vivendo um processo de mudança de cheiro. A gente muda de cheiro algumas vezes durante a vida. Eu não estou falando de quando se está suado ou depois daquele banho social e ecologicamente incorreto de duas horas. Estou falando do cheiro que nos caracteriza mesmo, e que a gente troca assim como as cobras trocam de pele.
Quando bebê, talvez eu tivesse cheiro de “Higiapele” com “Hipoglós” e cocô. Quando criança, eu, com certeza, tinha algum cheiro que me identificava, mas não me lembro. A minha adolescência foi bem enjoativa. Eu cheirava a “Musk” (desodorante da “Axe”... horrível!) e “Halls” de cereja. Tenho vontade de vomitar só de lembrar. Aí veio a Bruna, logo depois da adolescência (ou durante, não sei) e eu fiquei com cheiro de cocô de novo, agora misturado com “Lencinhos Umedecidos”, Fraldas “Pampers” e pomadinhas diversas. Tive a fase de cheirar a álcool e xixi, quando meu pai fazia diálise peritonial. Depois que ele se foi, fiquei um tempo sem cheiro nenhum. Aos poucos, fui percebendo o cigarro misturado com o mofo nas minhas roupas. Na verdade, minha filha sempre percebia quando eu chegava em casa. Era a catinga do estúdio onde eu ainda trabalho. Compreendo todas as vezes que minha mulher se manteve o mais longe possível de mim à noite.
Bom, o fato é que agora, mais uma vez, estou trocando de cheiro. O “Papai Noel” resolveu dar um cachorrinho pra minha filha. Dá pra imaginar, né? Que merda!
1 Comments:
Merda meeeeesmo!!!!... e mijo tambémmmmmmmmmmmm!!!!!!!!!!
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