segunda-feira, 18 de junho de 2007

Paulista in box


A aula não terminou, mas logo penso naquele macarrão chinês da paulista. Mal acaba, ligo pra minha mãe. Tem comida em casa. Não há desculpas. Mas saio da escolinha, atravesso a avenida e não resisto: "Vê um pequeno, por favor". Há um gigante conflito dentro de mim. Pentelhos chineses nacionalizados na comida que está sendo feita. Pêgo quase com a mão, aquele frango todo em pedacos moles, provavelmente criado com hormônios até o talo. Ao meu lado mais um faminto faz o pedido. O chinês filho já aumenta a quantia a ser feita. Pelo menos não serei a única a vomitar macarrão. Não sei porque ainda insisto, mas acabo de pagar. Não tem como fugir. Tenho esperança de que este seja bom. Recebo a mercadoria fechadinha numa embalagem de isopor com um garfo espetado. Como andando para casa, assim a tortura é mais rápida. Jogo fora pouco antes de terminar. Ainda sinto gosto do teflon. Quem sabe o próximo esteja melhor.