Lambe-Lambe
Pois eu ia deitar falação sobre a ação pusilânime e covarde do PT pra livrar o focinho do senador canalha, aquele. Vou não, mermão. É assunto mui vulgar pra um blogue dessa catiguria. Assim, como não tenho assunto e passo por uma longa temporada de vazio criativo, resolvi reproduzir uns retratinhos de alguns freqüentadores dessa casa que escrevi há tempos e achei perdido em velhos arquivos. Por mais aborrecidos que sejam os textos (não os amigos), é melhor do que ler ou escrever sobre o senado federal (caixa baixa neles), não?
A primeira vítima dessa conversa fiada é o meu velho amigo José Roberto Lisboa Jr., o Lisboa. Ou Juca, sei lá...
Lisboa – onde o melhor da ficção vira fato
Assim como na história da cidade homônima, vive na história e nas entranhas do nosso Lisboa (Juca?) um Marquês de Pombal sempre pronto para a reconstrução de suas vielas em ruínas. Já testemunhei várias reconstruções lisbonenses. Pra esse descendente de portuga com índio (o cara carrega consigo a gênese do Bananão, é mole?), a realidade – essa aí, miserável, que tanta gente leva a sério – não tem a menor importância. Esse cara tem um filtro que revela o real de um outro jeito. Pra alguns isso é loucura. E no caso do Lisboa (Juca?), é loucura mesmo. Sim, o sujeito é louco. É louco que conta com a proteção dos amigos. Também quase todos loucos, os amigos, é verdade. Poucos escapariam do manicômio.
Acontece que as quimeras do cara viram fatos quando ele passa adiante. Vou de exemplo: certa feita, numa madrugada lá dos anos 1970, tempos de exceção, Juca (Lisboa?) e eu, vindos de algum dilúvio etílico, fomos flagrados aliviando nossos xixis nas grades do antigo Cine Gonzaga por dois policiais nada gentis. Naquela ocasião eu invariavelmente empunhava um cavaquinho, pois, nunca se sabia quando viria a inspiração (nunca veio, a danada) para compor um grande samba.
O gorila chefe ordenou: “toca alguma coisa aí, ô moleque”. Trépido, toquei melhor do que o habitual. Os meganhas gostaram e, pra nossa surpresa, fomos liberados. Aí é que o “filtro” do Lisboa (Juca?) entra na história – ele conta entusiasmado pra meio mundo que naquele momento executei “Brasileirinho” sem errar uma nota. É mentira, mas ninguém acredita em mim. Porque o Juca (Lisboa?) tem o condão de transformar ficção em fato sem deixar o menor sinal de inverossimilhança.
Já passamos por maus momentos por não contermos gargalhadas de maluco em situações solenes – como num velório, só pra citar um exemplo. Às vezes é só uma questão de um gesto, um ridículo olhar písceo (huia! sempre quis usar “olhar písceo”) para destravar a zombaria. Um vexame.
A primeira vítima dessa conversa fiada é o meu velho amigo José Roberto Lisboa Jr., o Lisboa. Ou Juca, sei lá...
Lisboa – onde o melhor da ficção vira fato
Assim como na história da cidade homônima, vive na história e nas entranhas do nosso Lisboa (Juca?) um Marquês de Pombal sempre pronto para a reconstrução de suas vielas em ruínas. Já testemunhei várias reconstruções lisbonenses. Pra esse descendente de portuga com índio (o cara carrega consigo a gênese do Bananão, é mole?), a realidade – essa aí, miserável, que tanta gente leva a sério – não tem a menor importância. Esse cara tem um filtro que revela o real de um outro jeito. Pra alguns isso é loucura. E no caso do Lisboa (Juca?), é loucura mesmo. Sim, o sujeito é louco. É louco que conta com a proteção dos amigos. Também quase todos loucos, os amigos, é verdade. Poucos escapariam do manicômio.
Acontece que as quimeras do cara viram fatos quando ele passa adiante. Vou de exemplo: certa feita, numa madrugada lá dos anos 1970, tempos de exceção, Juca (Lisboa?) e eu, vindos de algum dilúvio etílico, fomos flagrados aliviando nossos xixis nas grades do antigo Cine Gonzaga por dois policiais nada gentis. Naquela ocasião eu invariavelmente empunhava um cavaquinho, pois, nunca se sabia quando viria a inspiração (nunca veio, a danada) para compor um grande samba.
O gorila chefe ordenou: “toca alguma coisa aí, ô moleque”. Trépido, toquei melhor do que o habitual. Os meganhas gostaram e, pra nossa surpresa, fomos liberados. Aí é que o “filtro” do Lisboa (Juca?) entra na história – ele conta entusiasmado pra meio mundo que naquele momento executei “Brasileirinho” sem errar uma nota. É mentira, mas ninguém acredita em mim. Porque o Juca (Lisboa?) tem o condão de transformar ficção em fato sem deixar o menor sinal de inverossimilhança.
Já passamos por maus momentos por não contermos gargalhadas de maluco em situações solenes – como num velório, só pra citar um exemplo. Às vezes é só uma questão de um gesto, um ridículo olhar písceo (huia! sempre quis usar “olhar písceo”) para destravar a zombaria. Um vexame.
Prometemos sempre às nossas mulheres que um dia amadureceremos. Elas, resignadas, fingem que acreditam.
12 Comments:
Pasmei de ouvir este raro pássaro falar tão claro.
Inda que poco sentido tivessem palavras tais.
"Mas deve ser concedido que ninguém terá havido
Que uma ave tenha tido pousada nos meus umbrais,
Ave ou bicho sobre o busto que há por sobre seus umbrais,
Com o nome 'Nunca mais'".
Te peguei, boneca. Esse eu também li...
Abraços
foi um belo jeito de chamar um amigo de mentiroso.
Sem querer ser chato, nunca gostei muito dessa tradução de "The Raven" feita pelo Fernando Pessoa. Acho que ela ficou empolada demais e gótica de manos. Mas tudo bem. Passa.
Aliás, que gosta de Edgar Allan Poe precisa ver o filme "Matadores de Velhinha", dos irmãos Joel & Ethan Coen, com Tom Hanks no melhor papel de sua carreira. É simplesmente genial.
Ouso dizer que acho melhor até que o "The Ladykillers" original, inglês de 1956, com Alec Guiness e Peter Sellers no elenco.
Concordo com o Chico. Apesar de não ter visto o original.
Por favor,voltemos a atenção para o objeto deste post e não nos perdermos em conjeturas.
hahHhHhAHAHAHAHAh
Os manos são góticos?
NÃO, SÃO GAYS.
NÃO, SÃO GAYS.
Caro anônimo
Gay é adjetivo, meu amor. Nós aqui somos pederastas mesmo, capisco? Somos old-fashioned!!!
Bezos
Mas caralho,eu tô falando,quando não é uma coisa é outra!
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