Eu Quero a Minha Pajero
Passei infância e início de adolescência estudando (sei, sei...) numa tradicional escola católica, de orientação marista (foto). Fui aluno bom e aplicado nos primeiros anos. Acontece que, ao entrar na adolescência, atendi aos caprichos do capeta e me tornei um belo espécime de delinqüente juvenil.
Assim, alguns abnegados irmãos maristas, ao ver o Mal levando um de seus pupilos, tentaram – como fez o padre Lancelotti com seu doce marginal – tocar o meu coração (e, eventualmente, o meu pipi), a fim de me livrar da vida dissoluta.
Pois, de posse daqueles preciosos segredinhos de claustro, sabe o que eu ganhei? Nada. Nem um mísero carrinho de rolimã.
Não é justo.
Assim, alguns abnegados irmãos maristas, ao ver o Mal levando um de seus pupilos, tentaram – como fez o padre Lancelotti com seu doce marginal – tocar o meu coração (e, eventualmente, o meu pipi), a fim de me livrar da vida dissoluta.
Pois, de posse daqueles preciosos segredinhos de claustro, sabe o que eu ganhei? Nada. Nem um mísero carrinho de rolimã.
Não é justo.
14 Comments:
Caro Taturana Pai
Apesar de não ter tido o mesmo tipo de experiência mística que você teve -- com emissários do Senhor travando contatos imediatos do quarto grau com suas "partes pudendas"--, gostaria de deixar registrado aqui meu manifesto de também ex-aluno marista.
Não sabia o que era sadomasoquismo até frequentar o glorioso Colégio Santista.
Um belo dia, aos dez anos de idade, no final de um recreio, fui atingido em cheio em minha região glútea pela correntinha do Irmão Odorico -- incumbido pelo Senhor e por Maria de administrar a lei e a ordem no pátio da escola.
Aquele dia foi uma espécie de divisor de águas para mim. Dalí em diante, passei a fazer estrepolias deliberadamente todos os dias na hora do recreio só pensando na recompensa que viria a seguir: a correntinha implacável do Odorico.
E então, quando desabrochei para minha vida sexual, não tardei a concluir que nenhuma sessão de fudelança era completa sem a participação especial du uma correntinha como a do Irmão Odorico dando ritmo à festa.
Felizmente, consegui encontrar ao longo da vida mulheres tão hábeis no uso da correntinha quanto aquele velho irmão marista .
Hoje, aos 47 anos de idade, fico pensando no que teria sido de mim se não tivesse tido acesso àquela descoberta, e no quanto minha formação teria sido incompleta se não tivesse passado um dia pelo Colégio Santista.
Obrigado por tudo, Irmão Odorico.
May God bless and keep you always!
Nenhum sex-shop que se preze deixará de ter em sua seção evangélica, após a publicação deste testemunho sincero e emocionado, tais apetrechos fundamentais para o cristão moderno: o hábito e a correntinha (opcional- 99,50 no cartão em 3x).
Luigi, pecaste novamente mentindo que não ganhastes nada. Ganhou sim, filho ingrato, o chaveirinho que tinha a loba e os dois irmãos, que agora me foge os nomes, do Reitor Azeitona. Lembrei Rola e Rela.
Eu também não lembro o nome do Azeitona. Minha mãe talvez ainda tenha guardada alguma caderneta daquela época com a assinatura dele, ou algum daqueles famigerados Quadros de Honra que eles distribuíam aos alunos mais aplicados -- e também àqueles que permaneciam até o anoitecer na Sala da Diretoria, se é que vocês me entendem...
Mas o nome dele sumiu da minha mente. Lembro apenas do Irmão Odorico -- inesquecível --, do irmão Fidelis -- que aliciava crianças na cantina oferecendo dadinhos e paçoquinhas --, do Irmão Eusébio -- o galã que enlouquecia todas as mães de alunos nas Reuniões de Pais e Mestres, e que eu até hoje vejo andando na praia com a mulher dele, que era muito bonita 40 anos atrás, mas tornou-se com o passar dos anos uma das criaturas mais horrendas do planeta --, e do irmão Carlos Avanci, que era muito parecido com o Blota Jr. posava de marista progressista, mas nos submetia a torturas como escutar discos da orquestra do Mantovani na sala de aula, e de quebra ainda defendia a tese de que Roberto Carlos não era "filho de Deus" por ter escrito a canção "Que Tudo Mais Vá Para o Inferno". De foder!
Lembro que esses irmãos perderam completamente a autoridade depois que foram brindados com viagens para Guadalajara e Los Angeles, numa daqueles excursões ã Disneylândia -- a original, na California, Orlando ainda fazia parte dos Everglades e só anos mais tarde foi aterrada.
Pois os Irmãos foram arrastados para boates de strip-tease em Guadalajara por alguns alunos, que depois contaram isso para toda a molecada, e os pais ficaram sabendo também, e a Virgem Maria também, e o fantasma do Padre Champagnat começou a assombrar o lugar até que todos os Irmãos fugissem para Boracéia e a direção da escola fosse assumida por educadores e administradores -- o que foi o começo do fim.
Meu caro amigo Luigi.
Agora me dei conta a respeito de sua forma de ver as coisas,por exemplo distinguir entre o certo e o errado,sua postura a mesa,seu gosto apurado,sua sensibilidade,seu respeito ao próximo, AI TEM ALGO ECLESIÁSTICO.
Eu acho que o Tio Juca está com febre...
Este comentário foi removido pelo autor.
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O Tio Juca tem razão!
Uma formação como essa não se joga na privada!
A propósito, Luigi
Encontrei ontem no centro da cidade nosso velho amigo Serginho Rocha, que te mandou um grande abraço.
Paramos para tomar uma cerveja num boteco medonho na Praça dos Andradas, e o Serginho me lembrou -- eu tinha esquecido completamente -- de que sábado, dia 17, bem no "aftermath" do seu aniversário, tem a 30a. Festa Anual dos Formandos de 77 do Colégio Santista.
Lembramos do ano em que nós dois levamos para a Festa a Aisamar -- que estava saindo com o Serginho na ocasião -- e a Aline -- que sempre foi de todos nós --, e o pessoal lá da Festa -- em particular, os daquele grupo que sempre vai embora cedo para casa -- ficou completamente atrapalhado com a presença de mulheres mais despachadas e desbocadas que eles.
Lembramos também do ano em que, já meio tarde da noite, resolvemos encher a escola de putas. Abrimos uma sala de aula, sentamos nas carteiras e deixamos que as moças assumissem o comando e nos ensinassem alguma coisa útil -- coisa que aqueles Irmãos Maristas nunca conseguiram fazer enquanto estavam comandando aquilo lá.
Depois lembramos que essas lembranças já são meio antigas, e que de uns 10 anos para cá aquela festa virou uma chatice monumental, e então o Serginho disse "ah, esse ano eu não vou", e eu disse "ah, eu também não", mas tenho quase certeza de que vou acabar encontrando com ele por lá.
Moral da história: estamos ficando velhos e previsíveis.
R$600.000,00 é muita grana !
ACHEI QUE IA SER SEGREDO. ATÉ A JUSTA SABE. QUE VERGONHA.
Lé com Lé, Cré com Cré
Meu negócio é mulhé!
Luigi, uma pequena correção:
A Festa do Santista é no sábado dia 10, e não no dia 17, como disse no post anterior.
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