terça-feira, 7 de novembro de 2006

Drama da vida na fossa I

- Crêidi! Crêêêêidi!
- Ô Cida. chega aqui nus fundo.
- Ué!? Cadê Cirçu?
- Foi pa roça mairrupaidele. Tadim, tão novim. Se adependesse de mim ele ia brincá, marr Antôin... disse que é bom pa mó dele virá ôme logo.
- Oxente, Crêidi! Quantus anu tem u muléqui?
- Cirçu? Tem seis.
- Antôin tá doidé? Cirçim vai é pegá raiva di inxada.
- Ói minha fia. Quero nem sabê. Tô até gostano. Tá uma paiz...
- Quê isso? Cê tá é doida?
- Ciiiirço! Ô Ciiiiiiirço!
- Quequecequé, Zureia?
- Cirçu taí, Dona Crêidi?
- Tá não, meu fi. Tá trabaianu.
- Impresta a bola pa mó di nois brincá aqui na rua?
- Ih, Zureia. Antôin rasgô a bola foi todinha onti caus qui cirço tarra bulinanu cu a rôla. Mairrapanhô tanto que chega ficô roxo. Sabi cumé Antôin...

Chega Antôin e Cirço inriba do caminhão.

- Crêidi, minha fulô. Meu doci di côcu. Qué qui tem di janta pa mó di cirçu cumê que o coitado tá quasi dismaianu?
- Óxente, Antôin. Tá pensanuquê? Sô empregadinha não, ôx! Rai si fudê. I cê passa pa drento muléqui forgado. Fico aqui trabaianu o dia intêro i ocês dois só vévi pra mi aperreiá!
- Mais Crêidi !?

3 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Sensacional! Deixou Guimarães no chinelo!

5:50 PM  
Blogger Taturana Pai said...

Guimarães? Qual, o Ulisses?

11:40 AM  
Blogger cris lima said...

Acho que não, deve ser o Luiz Eduardo!!

4:39 PM  

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