O tempo é sábio...
Este texto eu escrevi no ano passado, para o programa Saia Justa
Tudo igual o cacete!
Não me considero ainda um homem maduro — sou novo nessa história de idade adulta. Tenho 23 anos, quase 24 e, assistindo ao programa de vocês na última semana, fiquei um tanto intrigado com o que foi falado sobre a equivalência do macho.
Tudo igual o cacete!
Não me considero ainda um homem maduro — sou novo nessa história de idade adulta. Tenho 23 anos, quase 24 e, assistindo ao programa de vocês na última semana, fiquei um tanto intrigado com o que foi falado sobre a equivalência do macho.
Nas respostas faltou a tréplica masculina. Sei que o Saia Justa não tem essa característica e nem deveria. Nesta sala de estar onde corre a vossa prosa, as mulheres (como em quase todas as esferas da nossa vida) mandam. E o fazem divinamente.
Definitivamente, queridas amigas, os homens não são todos iguais. As mulheres têm essa impressão, pois procuram sempre os mesmos homens, por pior que tenham sido experiências anteriores. É como um ratinho viciado, que toma choque, mas não desiste de ir atrás da droga.
Sempre fui um adolescente diferente da maioria (nunca fui contra os outros, só diferente). Quando estava lá nos meus 15, 16 anos, as garotas procuravam viris e ignorantes jovens que — perdoem-me — coçam o saco, são individualistas e que “traçam” tudo o que encontram pela frente. Morria de inveja de não ser assim. Mas as mulheres da minha idade e geração queriam mesmo o cara que ama mais o futebol do que as companheiras, mesmo reclamando sempre que ele não passa quase nunca o fim-de-semana com elas. Até as mais feministas se submetiam aos seus namorados. Quando tentei me igualar, quase entrei em parafuso. Mas desisti deste auto-flagelo.
Sabe o que acontecia sempre? As mulheres por quem me apaixonei, todas elas inteligentíssimas, nunca me davam bola. Aprendi que o que se chama “másculo” e “viril” é ter uma certa grosseria e saber pisar um pouco no pé durante a dança do relacionamento. Mas os homens gentis não são grossos. É contra a nossa natureza. Aí, nossas utópicas sogras rezavam para Santo Antônio que enviassem um genro como nós para suas filhas. E as rebentas atrás dos glutões da sensibilidade.
Quando resolvi assumir o meu lado gentil e ser eu mesmo, comecei a perceber que outras pessoas eram como eu. Não chamam muita atenção, são inteligentes. E, pasmem!, heterossexuais. Sabemos que as mulheres em geral se enchem de preconceito. Sempre as ouço dizendo que homens gentis, sensíveis são gays.
Aprendi que algumas mulheres empunham bandeiras de respeito e igualdade, mas na hora de procurar um companheiro, acabam indo atrás do mesmo amante latino, machão meio imbecil.
Para minha sorte as mulheres, assim como os homens, não são todas iguais. A minha namorada dá valor a tudo o que eu sou e sempre fui. Quando as mulheres começarem a procurar por homens diferentes, elas descobrirão, assim como eu descobri, que ambos os sexos têm seus exemplares mais fantásticos. Basta abrir bem os olhos.
Hoje, eu escreveria assim:
Vão se fuder, suas burras do cacete! Vai esfregar chão e tira o cu do meu dedo, caralho!!!
Hoje, eu escreveria assim:
Vão se fuder, suas burras do cacete! Vai esfregar chão e tira o cu do meu dedo, caralho!!!
2 Comments:
Cê já foi na Bienal?
Taí a prova que você amadureceu!
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