quarta-feira, 22 de agosto de 2007

18 Anos Sem Raul Seixas

Gente, isso merece uma celebração, não?

Convido a todos para um encontro no próximo domingo de manhã, às 7 horas, na Praça da Paz Celestial, na Zona Noroeste, aqui em Santos, onde recitaremos em voz alta todas as letras das canções de Raul, para depois cantarmos em uníssono alguns de seus "clássicos" pelas ruas da região.

A seguir, subiremos a Serra do Mar a pé caminhando e cantando "Maluco Beleza" até o centro de São Paulo, rumo ao boteco na Caio Prado onde Raul tomava vários rabos-de-galo todo dia de manhã no balcão para conseguir conter a tremedeira que o impedia de ser o Raul que todos nós conhecemos e veneramos.

Já no início da noite, depois de uma rápida missa em frente ao prédio onde ele morava, bem ao lado do boteco da Caio Prado, seguiremos (sempre a pé) até o Largo do Paissandu, onde, do Segundo Andar das Grandes Galerias, será ministrada uma cerimônia ecumênica, oferecida pelos adoradores de Renato Russo.

Daí, é só torcer para que os fãs do Pavilhão 9 que destruíram a Praça da Sé meses atrás não demorem a chegar, com seus chakos e socos-ingleses, para que possamos todos morrer em paz e nos juntarmos finalmente ao nosso Grande Mestre.

Ele mesmo, Raul Seixas.

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Os Simpsons - O Filme


Vão. E fiquem até o final dos créditos.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Oramos por ti todas as manhãs, ó magnífica obsessão (Edélsio Tavares, 1985)

Há exatos 60 anos, Rock Hudson entrava num estúdio de cinema em Los Angeles pela primeira vez, e fazia sua iniciação na Sétima Arte.
Para nunca mais sair de nossos corações.




segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Débora Falabella bate um bolão em uma nova adaptação "demi-bombée" de "O Primo Basílio".


De uns anos para cá, desde que passou a produzir e dirigir cinema "full time", Daniel Filho descobriu uma fórmula de sucesso infálivel. Recruta profissionais de primeira (todos de TV), aloca recursos de produção sempre na medida certa (cedidos pela TV Globo de algumas produções em andamento, aqui no caso "JK" e "O Profeta") e escala elencos capazes de garantir boas bilheterias (só gente de TV). Com isso, abastece anualmente as salas de cinema de todo o Brasil -- ele não está nem aí para o mercado internacional -- com produções rodadas em Beta Digital, que só tem um defeito: parecem TV.

Em "O Primo Basílio", Daniel Filho bem que tentou ir além dessa fórmula habitual de sucesso. Trouxe a trama de Eça de Queiroz para a Era Juscelino, o que deu a ela um leve toque rodrigueano. Daí, cometeu uma série de pequenas ousadias para fugir à rotina de seus últimos filmes: movimentos de câmera inusitados, fotografia meio noir, e cenas de fudelança muito bem coreografadas, com direito a takes de nu frontal de Debora Falabellla simplesmente gloriosos.

(aliás, era isso que sempre faltou aos filmes dele: mulher pelada)

Mas então, no final do processo, já na hora da edição, parece que o produtor Daniel Filho deu um "chega prá lá" no diretor Daniel Filho, e -- com medo de entediar o público comum com um filme sério e trágico demais -- acabou por impôr a "O Primo Basílio" um ritmo acelerado que sufoca a trama de forma impiedosa. Em consequência disso, vários personagens vitais, como os de Guilherme Fontes e Priscilla Spoliadore, ficam abreviados e se perdem no "andar acelerado da carruagem".

Uma pena. Mas nada que Daniel Filho não possa consertar quando lançar "O Primo Basílio" em home video. Um "director's cut" do filme será extremamente benvindo.

Se trouxer cenas adicionais de nudez de Débora Falabella então...

(que ninguém nos ouça, mas a bundinha de Fábio Assumpção também não é de se jogar fora).

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Regozijai: BORAT já está disponível em DVD

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Apoiou, tá nas bancas. Com tudo pago!


Ano passado, pouco antes da reeleição do Presidente Didi Mocó, o comentarista Reinaldo Azevedo anunciou que a revista Primeira Leitura, de oposição ao Governo Federal, para a qual colaborava, estava com os dias contados. Motivo: asfixia financeira. Não entrou em maiores detalhes, mas ficou mais ou menos claro que os patrocinadores da revista haviam sido convidados por forças mais ou menos ocultas (leia-se José Dirceu) a se desinteressar repentinamente por ela.

Mês passado, a revista digital NoMínimo foi obrigada a sair do ar, por conta de uma não-renovação de contrato com a Brasil Telecom e o Portal IG. Curiosamente, essa não-renovação de contrato aconteceu misteriosamente no momento em que NoMínimo estava batendo recordes de acessos diários, O que teria motivado a Brasil Telecom e o IG a se livrar de sua galinha dos ovos de ouro assim, sem mais nem menos? Quem sabe tenha sido o fato de NoMínimo ter pelo menos cinco colunistas puro sangue contrários ao Governo Didi Mocó -- Marcos Sá Correa, Villas Boas Correa, Tutty Vasques, Ricardo Setti e Guilherme Fiúza --, contra um único e solitário Ricardo Kotscho -- escriba pangaré ex-integrante do primeiro escaláo do primeiro Governo Didi Mocó...

Por mais que possamos dizer "tudo bem, essas coisas acontecem, fazem parte do jogo", o fato é que existe uma contrapartida muito cruel a esses malogros editoriais anunciados ocorridos nesses últimos anos. É que essas crises de asfixia financeira passam longe da chamada "imprensa de esquerda brasileira", que consegue viver momentos gloriosos nos dias atuais, com tiragens cada vez mais expressivas, ainda que com os mesmos leitores de sempre -- talvez até menos leitores do que tinham antes,

Como explicar essa estranha equação? Fácil. São publicações bancadas por Institutos, que recebem (muito) dinheiro da Petrobrás, Banco do Brasil, CNPQ, Correios, etc. e o transformam em material doutrinário para dar um pouco de verniz intelectual aos "companheiros" -- isso quando eles não estão se empanturrando de torresminhos e cachaça barata nos arredores das Universidades ou na Cantina do Zelão, lá na bucólica São Bernardo do Campo.

É impressionante como elas proliferam: todo mês aparece uma nova publicação do gênero nas bancas, sempre subvencionada por algum órgão governamental, sempre com altas tiragens, e sempre com distribuição nacional.

Passando pela banca aqui em frente de casa hoje de manhã, vejo ao lado da Piauí desse mês -- que não tem a ver com esse fenônemo editorial que acabo de relatar -- o número um da edição brasileira do LE MONDE DIPLOMATIQUE. Pensei com meus botões: "enfim, uma publicação de esquerda de respeito, que ensine a essa gentalha que edita Caros Amigos e Fórum Brasil como se se comportar por escrito". Na capa, destaque para uma entrevista com Noam Chomsky, o esquerdofrênico número um da América, que estava no ostracismo há anos, e voltou forte graças à estupidez, à obtusidade e à Política Externa cretina da Administração George W. Bush. Mais apelativo, impossível.

Saí procurando nas páginas seguintes da edição brasileira do LE MONDE DIPLOMATIQUE por alguma referência ao Governo Didi Mocó em alguma das matérias publicadas. Achei uma só, num artigo sobre "os novos ventos que sopram na América Latina". Nenhum artigo específico dando apoio à atual turma de Brasília. Também nenhuma palavra contra. Depois ainda dizem que tucano é que gosta de ficar em cima do muro. Procurei por anunciantes. Nenhum. Apenas a Petrobrás, na contracapa. Comme il fault...

Mas então, olhando o expediente da revista, levo um tapa: lá estão os logos do Governo Federal e da Lei de Incentivo à Cultura, expostos com todas as honras, junto com o logo da Petrobrás. Ou seja, mais uma vez nossos impostos bancam mais uma aventura editoriai da iniciativa privada voltada para um pequeno segmento de público, na maior cara de pau. E o que é pior: com a chancela do Ministério da Cultura, isso apesar da revista ter um único artigo relacionado com cultura em seu índice, sobre "a nova literatura indiana".

É de doer: nem na França o LE MONDE DIPLOMATIQUE conta com a apoio do Ministério da Cultura. Até porquê não é, e nunca pretendeu ser, uma revista de teor cultural. Mas aqui, tudo bem. Aqui vale tudo com as verbas públicas. Afinal, foi para poder fazer esse tipo de putaria que o PT detonou com a Lei Rouanet, n'est-ce pas?

Esta é a República Sindicalista do Presidente Didi Mocó, que diz que "não admite que brinquem com a democracia", mas que segue seu caminho sabotando publicações contrárias a seus interesses e "incentivando" qualquer modalidade de imprensa chapa branca que tope se esconder por trás de algum Instituto ou ONG, para receber gordas mesadas de setores ligados ao Palácio do Planalto. Quer coisa melhor? A direção francesa do LE MONDE DIPLOMATIQUE deve estar dando gargalhadas a esta hora. De todos nós, claro ...

C'est le Paradis, le Brésil!

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

PADICES DO PADO

A DANÇA DAS HORAS


AMEI A NOITE
FALTANDO UM QUARTO,
UMA SEN HORA.
EM ORA ÇÃO
SÓ MAIS UM QUARTO
PEDI NA HORA
COM MUITA FÉ !
E NESTE QUARTO,
NOSSOS PONTEIROS
FICARAM EM PÉ ,
E O TEMPO SUMIU !

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Afinal, para que serve o Dia Mundial do Rock?


Essa é uma pergunta que eu venho fazendo a mim mesmo desde meus velhos tempos na saudosa Enseada FM. Confesso que nunca consegui chegar a uma resposta satisfatória. Será que o Rock algum dia precisou constar no calendário oficial do planeta? Será que o mundo realmente precisava de um Dia Mundial do Rock?
 
Para o Rock, eu tenho certeza que essa data não ajuda em nada. Só serve para dar um bom nome a uma manifestação artística -- há quem discorde disso, mas enfim... -- que nunca fez questão de ter o menor respeito de ninguém, e sempre preferiu seguir na contramão de qualquer modalidade de bom mocismo.
 
O Dia Mundial do Rock existe por conta da lembrança do Live-Aid. Para quem não sabe, ou já esqueceu, o Live-Aid foi um mega-evento realizado no dia 13 de Julho de 1985 pelo irlandês Bob Geldof, líder da pouco conhecida banda Boomtown Rats, que ficou obstinado pela idéia de ajudar as pessoas que passavam fome na África. Isso depois de ter assistido pela televisão ao premiado e muito festejado documentário Fome na Etiópia, que mostrava pessoas num estado tão extremado de subnutrição que não tinham força sequer para espantar as moscas que as rodeavam. Daí, Geldof idealizou, produziu e escalou shows estelares que rolaram simultaneamente na Inglaterra e nos Estados Unidos – e que foram um sucesso de público estrondoso, com 170 mil pagantes, mais 1,5 bilhão de pessoas assistiram tudo pela TV. Participaram do Live-Aid nada menos que Tina Turner, Madonna, David Bowie, Sting, Bob Dylan, Eric Clapton, Elton John, Paul McCartney, Jimmy Page, Robert Plant, além das bandas The Rolling Stones, The Who, U2, etc.

O grande objetivo do Live-Aid –- além de promover Bob Geldof ao superestrelato –- era reverter todos os lucros obtidos para as vítimas da seca que devastava a África. E isso foi cumprido à risca. Com a venda de ingressos a 35 dólares e a venda dos direitos de transmissão a 160 países, o espetáculo conseguiu arrecadar cerca de 70 milhões de dólares, um sucesso estrondoso para a época. Só a carreira musical de Bob Geldof é que não deu certo mesmo. Seu talento como marquetólogo é inversamente proporcional aos seus dotes artísticos.
 
Bom, então qual o sentido em se comemorar o Dia Mundial de um gênero musical, em detrimento de outros? O que o Rock tem de tão especial para receber uma honraria como essa? Ou, refazendo a pergunta, o que ganha o Rock sendo agraciado com uma honraria tão duvidosa quanto esta?
 
A única resposta que me ocorre é lamentável: essa data foi inventada, sem nenhuma função específica, por aquele bando de desocupados que povoam o prédio da ONU em Nova York, e que adoram fazer proselitismo barato para ganhar as páginas dos jornais. Nada além disso.
Rock, claro, não tem coisa alguma a ver com essa palhaçada. Rock é coisa de ovelha negra da família, de feios, sujos e malvados. É coisa de "angry young men" e de "dirty old men". É coisa de gente desalinhada, desajustada, desencanada. Não é para almofadinhas, nem para a turma do Coro dos Contentes - essa gente que adora gastar baterias de celulares bestamente iluminando a platéia em megashows, e ainda por cima canta em uníssono coisas altamente comprometedoras como "Eu Ainda Não Achei O Que Estou Procurando".
 
Se o Rock continua vivo cinqüenta e poucos anos depois de ter sido inventado oficialmente -- pelo mestiço Elvis Presley, obviamente sem querer --, é porque vive se reinventando.
 
Foi assim nos anos 60, com Bob Dylan, Jimi Hendrix, Beatles, Stones, Grateful Dead, Byrds, Kinks, Traffic, Cream, Buffalo Springfield e Flying Burrito Brothers.
 
Também foi assim nos 70, com Led Zeppelin, J Geils Band, Humble Pie, Allman Brothers, New York Dolls, Pretenders, Clash, Police e Tom Petty & The Heartbreakers.
 
E depois de quase morrer de inanição nos anos 80, voltou forte dos anos 90 para cá. Primeiro com a turma dos "camisas de flanela" de Seattle. Depois, com a nova geração do power pop britânico. E sempre com as inúmeras manifestações indie que pipocam toda semana em cada canto do planeta.
 
Para essa gente, todo dia é dia de Rock.

Rock And Roll !!!
PS: Mandei esse texto para o site do Zé Louzada mês passado para colocar uma azeitona podre nas comemorações que estavam rolando sobre o Dia Mundial do Rock, e esqueci de postá-lo também aqui no nosso querido fórum de aborrecimentos. Segue agora. A foto lá no alto é do grande Screamin' Jay Hawkins. Beijos, Chico.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Leitura de Ouvido

Em outubro de 2006, quando o presidente Didi Mocó estava na bica de se reeleger, escrevi aqui um post no qual apontava o candidato Mocó como o exemplo acabado do “homem cordial”, da obra de Sérgio Buarque de Holanda, Raízes do Brasil.

Como disse no tal post, o homem cordial ao qual se referia o historiador, não tem nada de virtuoso. Ao contrário, este homem, segundo o pai daquele cantor fanho, é um ser abjeto, escorregadio, cujos traços caracterizam uma das pragas da nossa formação cultural. Quem leu o livro sabe.

Pois bem, um dia desses li no Estadão uma entrevista da escritora (hummm...) Ana Maria Gonçalves, que está lançando o livro “Um defeito de cor”, cujo tema central é "racismo no Brasil". Diga-se que escritora e obra (sei, sei...) já são festejadíssimos pelos resenhadores dos cadernos de cultchura da imprensa bananeira (a maioria das resenhas copy-paste de releases enviados por editoras).

Na entrevista, Ana Maria desfia a velha cantilena ressentida: opressores ricos e brancos desceram e ainda descem a lenha em oprimidos pretos e pobres, etc. e tal. Para ilustrar o rame-rame, a moça, que se diz uma pesquisadora rigorosa e profunda e que estudou pacas para escrever seu “romance histórico”, manda essa pérola: “O homem cordial de Buarque de Holanda nunca existiu, é uma desculpa para o racismo velado”.

Pobre e oprimida Ana. De duas, uma: leu Raízes do Brasil e não entendeu picas. Ou, o mais provável, não leu Raízes do Brasil e, meio mamadinha de cerveja num boteco super-legal de Salvador, ouviu alguém, com tibieza semelhante à dela, esculhambar a tese do autor – afinal, Sérgio Buarque pertencia a elite branca e remediada, logo, um opressor.

Na era do presidente cordial Didi Mocó, que não esconde certo orgulho por sua ignorância, a leitura de ouvido vem se tornando uma especialidade entre os “pensadores” desse Bananão de meu Deus. Ah, meu Deus...


PANDICES DO PADO

SE O PAN FOSSE EM JANEIRO
AO INVÉS DE NESTE FRIO
SERIA BEM MAIS MANEIRO
GANHAR UM BRONZE NO RIO

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Dica para os Karnakos que habitam este blog (extraído do site do SESC)


Karnak Ao Vivo No SESC Pompéia - Dia 23/08 Quinta, 21h30

Bom humor e línguas arcaicas (aprendidas intuitivamente, lógico) são as marcas registradas do Karnak. A banda surgiu em 1992 quando o vocalista, multi-instrumentista e "arquiteto" de sons André Abujamra fez uma viagem a Região de Luxor, no Egito.

Abertura: DJ Uirá. Choperia.
Não é permitida a entrada de menores de 18 anos.

R$ 15,00; R$ 11,00 (usuário matriculado).
R$ 5,00 (trabalhador no comércio e serviços matriculado e dependentes).
R$ 7,50 (acima de 60 anos e estudantes com carteirinha)