quinta-feira, 29 de novembro de 2007

E então, vamos nessa?


quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Capas de LPs mexicanos que o tempo esqueceu









So Long, Farewell, Auf Wiedersehen & Goodbye (e já vai tarde...)

Sou só eu...


Ou vocês também vêem o absurdo disso?

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Nossos comerciais, por favor...

segunda-feira, 26 de novembro de 2007


Gente, ele voltou! Após longa ausência, nossa anta predileta volta a aparecer, provavelmente sentindo falta de levar umas cacetadinhas. Como este blog só trata de temas completamente sem importância mesmo, vou dar a ele esta alegria.

Além das bobagens habituais ele agora se coloca como um sofisticado indivíduo, que paira acima da plebe ignara, falando de coisas que não entende. Gosta de caviar? Duvido, mas se gostar, deve ser de um Osetra mixuruco, por que um Imperial iraniano, um Sevruga, não são coisas de quem usa expressões como “diarréias musicais”. E ainda se acha de bom gosto!!

Continuando com a montagem do perfil deste raro exemplar de microcephalus desavisadus, suas recentes manifestações indicam uma faixa etária elevada, já se aproximando do dia em que ele finalmente poderá entrar no onibus pela porta da frente. Como eu sei disso? Well, a última vez que vi o termo alienado ser usado como ofensa foi por volta de 1978. “Cara de pau”, assim entre aspas, confirmaria o diagnóstico, sem precisarmos reparar que ele acredita que bandas podem ser perniciosas para cabeças em formação!! Isso parece coisa de comunista de linha albanesa, dois anacronismos em uma única pessoa. Fora isso, a grafia de seu prenome “Sylvio” indica (a) viadagem ou (b) antiguidade. Podem escolher...

domingo, 25 de novembro de 2007

PADICES DO PADO

FORMIGAS ESTÃO EM FESTA
E UM BANQUETE ACONTECEU,
ALEGRIA NA FLORESTA
O TAMANDUÁ MORREU !

domingo, 18 de novembro de 2007

Eu não lembro direito da Escala Milton mas tenho certeza que ontem devo ter testado o limite superior da dita cuja! O fato é que eu e D. Beth fomos convidados para ver o show (??!!) da Ivete Sangalo no Credicard Hall. Uma vez que o convite era prá lá de VIP, com direito à suite (apenas 10 pessoas, sala com certo isolamento acústico, banheiro privativo, champanhe gratis, etc.) eu achei que poderia ser um bom programa para um sábado meio micado em SP. É verdade que, antes de ir, eu estranhei o fato de não me lembrar de nenhuma música da famosa artista, exceto a tal da Poeira, que eu ouvi e não gostei em um anúncio de carro. Eu não tenho ouvido nem ritmo, mas tenho uma memória muito boa e devia ter prestado atenção nesse sinal. Agora eu já sei por que, mas é tarde! Eu não lembro porque aquelas músicas são um lixo! Em duas horas de show duas músicas que poderiam agradar (“Vou pedir pra você voltar” e “Eu sei que vou te amar”) são trucidadas por uma interpretação horrível. No resto, o desastre continua: o som é ruim, as imagens nos telões são indigentes, os textos são de uma ruindade que se torna quase cômica. Quando fala que aos 18 anos o seu (dela, claro) irmão queria que ela posasse para a Playboy, deixando uma carreira como cantora como segunda opção, eu imagino se isso não teria sido melhor para todos nós...

Nota-se na artista algum talento para animar platéias meio desorientadas, através de muito movimento, muita percussão, muitas luzes, muita gritaria, etc.. Eu sei que funciona no Carnaval mas, é bom lembrar, a platéia costuma estar intoxicada... Seja lá como for, foi uma tortura ver a mulher voltar para um “bis” de uns 15 minutos mesmo que a platéia tenha sido bastante discreta (pra dizer o mínimo) nos aplausos finais, o que restaurou um mínimo da minha fé na humanidade...

sábado, 17 de novembro de 2007

Diário do Feriadão (O Segundo Dia)


Música na praia sempre foi sinônimo de aborrecimento para muita gente.

Para mim, não.

Desde os tempos em que via os filmes de Frankie Avalon e Annette Funiccello (e Fabian e Connie Stevens) na Sessão da Tarde, acho praias em geral palcos insuperáveis para shows musicais.Lembro de um show do Gilberto Gil em Pitangueiras 25 anos atrás, debaixo de um temporal, que foi um arraso. Estava em processo de gravação de um novo disco ("Luar"), e compôs alí, diante de todos, o refrão que mais tarde viria a ser "Faz muito tempo que não tomo chuva".Lembro de outro show, no Emissário Oceânico, aqui em Santos, em que Paulinho da Viola conseguiu transformar aquele canto fedorento da Praia num lugar tão nobre quanto o Municipal do Rio. Armando Catunda -- meu consorte na ocasião -- é testemunha viva desse momento.Uma vez, no Rio, vi Nara Leão e Roberto Menescal deixarem a Avenida Atlântica em silêncio num show magistral em um palco montado diante do glorioso Copa. Carlinhos Lyra, Marcos Valle e Itamara Koorax, que vieram a seguir, mantiveram o espírito vivo, para que Tom Jobim e sua banda dessem o arremate final num final de tarde absolutamente memorável. E lembro bem de um soundcheck do Elton John argentino Fito Paez no início de uma tarde de sábado num palco montado no Canal 3 para o Festival M2000, em que, depois de ouvirmos algumas canções, pudemos subir ao palco para conversar com ele -- então, um ilustre desconhecido por aqui.

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Pois bem, ontem à noite, o Canal 3 recebeu um show espetacular -- o primeiro de uma série de 3, bancados pela Telefônica para ver se conseguem melhorar a péssima imagem que a empresa tem por aqui --, que foi gravado e deve ser exibido em breve pelo Multishow.A primeira parte era com a Orquestra Bachiana regida pelo ex-pianista malufista João Carlos Martins. Tinha tudo para ser um "freak show" da pior espécie, mas acabou soando simplesmente sensacional. Impressionante como o canalha consegue ser talentoso em tudo o que faz, mesmo completamente debilitado fisicamente.E a segunda parte foi com os Paralamas do Sucesso, mais Roberto Frejat e Paula Toller como convidados, no que em princípio seria um "show bate-carteira", mas que, meio sem querer, se transformou no evento comemorativo definitivo sobre os 25 anos de carreira das 3 bandas que comandaram a cena roqueira carioca nos anos 80 e 90. Impressionante como Herbert Vianna -- de terno -- virou um guitarrista "flashy" depois que ficou impedido de pular o tempo todo diante de sua banda -- sempre impecável, diga-se de passagem, com destaque para João Barone, o baterista mais perigoso do rock brasileiro em todos os tempos.

O show começou e a chuva -- que caía há dois dias -- parou na hora, e não caiu mais. Nem precisou que a platéia gritasse em coro: "No Rain! No Rain! No Rain!". Quando acabou, exatamente às 23 horas -- conforme prometido aos moradores aborrecidos dos prédios da Orla da Praia --. todo mundo foi embora andando tranquilamente pela Avenida da Praia e pela Washington Luis, que havíam sido interditadas pela CET. Não houve registro de qualquer tipo de tumulto, ao contrário do que normalmente acontece aqui em nossa Reserva Indígena praiana. Será o benedito que nós, ilhéus, ficamos afinal civilizados e cosmopolitas? Ao menos, foi essa a impressão que ficou de ontem à noite. Espero não estar errado.

Dona Inês e eu terminamos a noite no Café da Darcy comendo, bebendo e conversando com Eduardo Caldeira e Julinho Bittencourt (e senhoras e filhas) até as 3;30 da manhã, como há anos não fazíamos, falando de Johnny Alf, Carlinhos Oliveira, Nelson Motta, biografia do Tim Maia, Brasília, as pernas da Paula Toller e o novo bar que o Edu vai abrir por esses dias, pertinho de onde ficava o Reciclagem. Jaburu passou pela gente dizendo que vai fazer uma tatuagem na bunda para celebrar seus 59 anos, mas nem isso conseguiu estragar a noite.

E é por essas e outras que eu sou fã de carteirinha dessa cidade.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Diário do Feriadão (O Primeiro Dia)

Devo estar virando budista, ou minha pele levou um banho de teflon. O caso é que certos aborrecimentos não pegam mais em mim como pegavam antes.

Ontem à noite, por exemplo, fui ao cinema com Dona Inês checar a mais nova baboseira dos impagáveis Farrely Brothers -- os mesmos que cometeram aberrações cinematográficas deliciosas como "Eu, Eu Mesmo e Irene" e "O Que fazer Com Mary?". Compramos os ingressos e, na hora de entrar, "surprise surprise": sala praticamente lotada, e os poucos lugares restantes, além de extremamente mal localizados, eram unitários. Fui pedir a colaboração do bedéu da sala, em vão. Tive que ouvir do infeliz que deveríamos sentar em fileiras separadas se quiséssemos assistir ao filme, ou então aguardar duas horas pela próxima sessão.

Em vez de me aborrecer, parei e disse para Dona Inês: "vamos ver outro filme". Ele ficou visivelmente irritada, mas estranhou a minha determinação, e, mesmo não concordando, não esboçou reação contrária.

Como na sala ao lado estava passando um filme policial que trazia o grande Robert Duvall no elenco de apoio, pensei comigo mesmo: isso não pode ser pior do que esperar duas horas para ver as caretas do Ben Stiller. Então entramos, e assim que sentamos naquelas detestáveis poltronas reclinadas -- que o Toninho Tartaruga e o Claudio Abdalla insistem em dizer que são reclináveis, qua qua qua --, fui ameaçado por ela: "se o filme for uma bosta, você me paga..."Não tive que pagar nada. Felizmente o meu faro estava certo. Já na abertura, com fotos em PB dos arquivos do NYPD, ficou claro que não se tratava de um filme qualquer. O nome é "We Own The Night", traduzido erroneamente para cá como "Os Donos Da Noite", uma produção da dupla central de atores Mark Wahlberg e Joaquim Phoenix dirigida por um certo James Gray, que eu não conhecia até ontem -- mas devia, pois o filme passou em Cannes este ano, foi bem recebido por todos, e eu nem me toquei.

A ação se passa em 1988 em Nova York -- mais precisamente em Brighton, uma espécie de Cidade Ocyan que fica no cu do Brooklyn. Robert Duvall é chefe de polícia, e tem sobrenome russo. Seus dois filhos seguem caminhos opostos na vida. Um (Wahlberg) é disléxico, todo atrapalhado, e faz carreira na polícia sob as asas do pai. Outro (Phoenix), prefere trabalhar como gerente de uma boate brega que pertence a um imigrante russo rico que faz importação de peles, e está apaixonado por uma portoriquenha muito gostosa -- Eva Mendes, guardem bem esse nome, e essa imagem logo abaixo.Claro que a boate é ponto de venda de cocaína da Máfia Russa, e o personagem de Joaquim Phoenix faz vista grossa e deixa o comércio rolar solto por lá, pois é capitaneado pelo sobrinho do proprietário. Até que, uma noite, seu pai e seu irmão dão a dica que vão ter que estourar aquela boca, e deixam claro que ele vai ter que decidir de que lado vai querer ficar.

Daí em diante, o filme poderia virar um dramalhão de ação bem babaca. Mas, graças ao talento de James Gray e a um roteiro impecável, segue em frente, num tom dostoievskiano muito raro no cinema americano. E eu não vou contar mais nada. O nome do filme é "Os Donos Da Noite". É à prova de aborrecimentos. PS: Em 1988, o prefeito de Nova York era o popular Ed Koch, que no filme é interpretado por ninguém menos que... o próprio Ed Koch!

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Para Taturana Pai


Que seus futuros aborrecimentos caibam nas páginas desse blog.

Grande beijo, meu velho

domingo, 11 de novembro de 2007

Pra celebrar a vida

Domingo, 11 de novembro de 2007, 16:20h.
Acabo de ligar para a Santa Casa de Saúde de Limeira pra saber do estado do Peterson. Ninguém atende. Sei lá. Por que preciso tanto saber? Eu nem o conheço. Acho que, no fundo, ele representa pra mim o que poderia ter acontecido comigo, com o Filipe, com a Rosana, com a Vanessa, com o Dog, com o Jota Erre, com o seu Isaías. Passados dois dias do susto, a adrenalina começa a baixar e só agora sinto dores em todo o meu corpo, principalmente nos ombros, como se eu tivesse feito muito exercício físico durante a semana. Eu não estava dormindo, não estava distraído, não apaguei nada da memória. Eu tenho absoluta certeza de que não bati em nada. Portanto, as dores que sinto são resultado da tensão de todos os meus músculos, numa tentativa inconsciente de me segurar do choque que prometia fazer muito mais estrago. Eu estava acordado e atento. O caminhão-baú estava parado.
Eu tinha muita coisa pra fazer de manhã. Não ia dar tempo. Arrumar um hotel pro Flecha, o cachorro da minha filha, arrumar uma costureira na vizinhança pra fazer a barra da minha calça, levar a Bruna pra escola, comprar desodorante, arrumar a mala... é, não ia dar tempo. Mas deu. Na farmácia, ainda pude enrolar um pouco, o que me fez comprar um energético a base de catuaba e mel. Achei que iria precisar.
Depois de levar a minha filha na escola, quando cheguei na Panela, a produtora de áudio que eu to montando com o Filipe e mais dois amigos e que era o lugar combinado pra gente se encontrar, o motorista, Seu Isaías, foi comer na padaria enquanto a gente carregava a Van. Com o cuidado excessivo pra não esquecer nada, deu tempo pro Seu Isaías comer sossegado. Saindo de lá, fomos pegar o Jota Erre na Avenida Angélica com a sua “percuteria” e o Dog no Centro com o contrabaixo. O trânsito e a empolgação de todo mundo dentro da cidade contrastou com a calma e o silêncio da Rodovia dos Bandeirantes. Eu dormi um pouco. Quando acordei, estávamos ainda na mesma estrada, e o silêncio dentro da Van era total. O motor do carro e o atrito dos pneus no asfalto só aumentavam o silêncio. Mas agora, eu estava acordado e atento. Quando a traseira do caminhão-baú apareceu, eu logo vi que ele estava parado. Mais nenhum carro a nossa frente. Seria muito fácil desviar. Mas, ao contrário, o nosso motorista acelerava cada vez mais em linha reta. Quando ficou evidente que não havia mais tempo pra evitar a porrada, por um momento eu achei que ninguém poderia escapar. O Silêncio foi cortado pelo alerta do Dog “Santo Deus!”. Logo em seguida, a tentativa frustrada do seu Isaías de sair pela pista da esquerda e o baque. Eu estava acordado e atento. O caminhão-baú estava parado.
Eram quase duas horas da manhã quando eu cheguei na fazenda com os equipamentos. Na escuridão, a estrada de terra no meio dos pinheiros era um cenário um pouco fantástico demais. Pensei: “Será que eu morri?” Deixamos os equipamentos lá e fomos, eu e a Rosana, para a pousada que ficava a uns 4 ou 5 km dali. O Filipe, a Vanessa, o Dog e o Jota Erre iam passar a noite na Santa Casa de Limeira. O médico fora enfático: “Sair, só amanhã de manhã, sem negociações. Eles estão em observação”. Fiquei puto. Era pra todo mundo chegar junto. Eu sabia que eles iriam dormir mal no hospital. Experiência própria. Tive ímpetos de reagir: “Então bota um enfermeiro aqui pra ficar observando, porra!”, mas me calei. A coisa tava feia praquela equipe médica. Vários acidentados chegavam ao pronto-socorro. O caso mais impressionante era de um motoqueiro que iria se casar no dia seguinte. Estava muito mal. Seu nome era Peterson. (Ctrl + B)
A gente fazia muita piada, exagerava, falava alto. Era bom estar vivo. Queríamos tocar. Iríamos tocar. De manhã, eu havia falado pro Filipe: “Não sei pra quê tanto stress. É só um casamento.”. Agora era especial. Foi com muita ansiedade que fomos passar o som de manhã. Não deu muito certo. Tava ruim. Sobrava grave, faltava bom humor. Descobrimos que o contrabaixo do Dog fora danificado com a batida. Mandamos trazer outro de São Paulo. O Dog não passou o som. Aos poucos, as pessoas foram chegando e tivemos que repetir várias vezes a história do acidente. Isso era bom. A gente saiu andando de um carro que já não existia mais. Contar o que aconteceu era estar vivo.
“Como é que foi? Você viu alguma coisa”, “Vi tudo. Eu estava acordado e atento. Parecia que o caminhão estava parado, mas o guarda disse que ele estava a 80 km por hora. A gente devia estar correndo muito”.
A cerimônia foi uma das mais simples e bonitas que eu já vi. A Vanessa chorou bastante. Foi muito bom tocar de novo. Os convidados vinham dar parabéns pra gente no final. Não sei se eles gostaram da música ou do fato de a gente estar ali tocando depois do que aconteceu. O Nariz do Filipe, com os pontos e o curativo, não deixava ninguém esquecer. Mas não era isso. A Rosana, na música final, não deixava dúvidas. A gente agradava. E isso era muito mais que bom.
Comecei a me sentir bonito com o sapato novo que, eu não tinha grana, mas comprei . E me senti importante quando peguei o acordeom. Ainda compro esse negócio e aprendo a tocar direito. Agora, todo mundo já estava no palco, e era tudo o que a gente queria desde o começo. Ma foi só quando tocamos “Oh, Happy Day” que eu chorei. Eu estava acordado e atento. Eu estava cantando e tocando. Eu amava todas as pessoas a minha volta. Percebi que os noivos estava contentes e, naquele momento, sei que a Rosana, a Vanessa, o Filipe, o Jota Erre e o Dog estavam sentindo a mesma coisa que eu. Um prazer indescritível de estar vivo.

sábado, 10 de novembro de 2007

PADICES DO PADO


OS LAÇOS QUE TE AMARRAM
ÀS TETAS QUE QUE TE SUSTENTAM,
HÁ MUITO TE SUSTENTARAM
E A QUALQUER HORA, ARREBENTAM !



MEUS AMIGOS, É NOTÁVEL
QUE A COITADA DA VAQUINHA
SÓ PRODUZ LEITE SAUDÁVEL,
E O QUE ESTRAGA É A CAIXINHA !



SE O LEITE É LONGA VIDA
VOU DIZER SEM SUTILEZAS
A MORTE VEM ESCONDIDA
NESTA CAIXA DE SURPREZAS !

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Sun Tzu que se cuide...

Gente, muito cuidado! É fácil entrar numa fria por mexer com quem a gente não conhece. Minha longa experiência, tendo vivido a juventude no ambiente repressivo da ditadura, me ensinou a observar os detalhes, discernir as sutilezas, e avaliar o inimigo sem que ele percebesse ter sido identificado.

Para vocês, neófitos, vou explicar como funciona.

Se o sujeito:

1. não consegue concatenar duas idéias simples em um parágrafo.
2. fala uma coisa e faz o oposto (p.ex.: "não perco tempo escrevendo tolices em blog")
3. usa metáforas de péssimo gosto
4. ignora completamente a norma culta do idioma (ou seja, é um analfa!)
5. grafa palavras foneticamente (p.ex: muleques) denotando ser originário de latitudes baixas (algum lugar entre o Orenoco e o São Francisco)
6. mete o bedelho onde não é chamado e critica a liberdade de expressão, sem qualquer argumento minimamente razoável
7. acha que o carro ou o apartamento de uma pessoa significam alguma coisa
8. acha que é possível alguém ser contra blogs (???)
9. não tem nada melhor para fazer do que ficar lendo coisas que ele não gosta
10. tenta usar expressões como o "kkkkk"
para parecer que entende “das coisas”

Então:

O sujeito é, sem sombra de dúvida, um "cumpanhero" petista se esbaldando agora que está no governo.


Devo
confessar que este infiltrado quase me iludiu. A princípio, fiquei com a impressão de que ele era apenas um masoquista canhestro (como aquele romano que perdia o queijo no fondue no clássico “Asterix entre os Helvéticos”) tentando satisfazer a fissura por levar porrada. Só abandonei essa idéia quando li a frase “a internet é o pai de pessoas como vocês que nunca vão ter ascensão”. Ninguém é tão competente na dissimulação, logo o sujeito é um idiota genuíno (microcephalus desavisadus) .

Como este é um tipo muito raro (embora para olhar inexperiente se pareça muito com o abundante idiota comum – microcephalus stupidus), proponho se tome muito cuidado para não afugentá-lo, permitindo o estudo mais aprofundado do seu comportamento. Não, nós não vamos aprender nada de útil mas podemos dar boas risadas…



terça-feira, 6 de novembro de 2007

Da série comentários intrigantes

BANDO DE VIADINHOS said...

Vcs ganharam algum premio, fizeram algum cinema que nem Kubrick,
Tarantino, Fellini, Almodovar conseguiram fazer.
Escrevem para alguma revista, ou algum jornal, com suas opiniões tão cultas se sobressairam? Vcs fazem parte daquela tipica gente, que a unica coisa que conseguem é montar um blog pra vcs viadinhos ficarem dando chiliques, de coisa imbecis sem cretido nenhum.
Bom errei em entrar nesse site mediocre aonde só escrevem muleques, que devem morar com a mãe ou rachar apartamento kkkk
tem um carro popular, e acha que esta revolucionando o mundo virtual com opiniões baratas e pobres.
Viadinhos bambis.


Caro Bando de Viadinhos:

Noto que você faz cinema, tem opiniões que se sobressaem, é macho de dar dó (beira o homofóbico), não mora com a mãe, não racha o apartamenteo (solteirão, hein!) e tem um belíssimo carro do ano importado. E pela citação dos bambis, deve gostar dessa aberração que chamam de "Futebol". Meus Parabéns! Você é um típico macho brasileiro muito bem sucedido!

Pois então, você pode até não gostar do blog. Você pode dizer que a gente não sabe fazer cinema (concordo plenamente... se bem que minha avó elogiou muito o último vídeo que eu fiz na minha viagem para Caxambú). Pode dizer que nós nunca escrevemos para revista ou jornal. Pode até dizer que dizemos coisas imbecis e sem cretido (sic) nenhum. Também pode dizer que somos moleques (isso é até um elogio). Gostaria muito de ainda morar com mamãe, portanto pode dizer isso também. Pode dizer que rachamos apartamentos. Poderia evitar rir com kkkkkk-isso sim é coisa de moleque, mas tudo bem.
Agora, tem uma coisa que você não pode dizer: ninguém aqui tem carro popular. Porque aqui não entra mais plebe. A última vez que a gente deixou a gentalha entrar foi um sufoco! Já tavam querendo botar foto do afilhado de fundo de tela, mandar powerpoints "Lindos de Morrer". Uns defendiam o Lula, outros o Cinema Nacional. Um pessoal cheio de opinião. Precisa ver! Você ia se identificar.

Outro exemplo típico macho brasileiro muito bem sucedido:
a descrição bate.

P.S.: Quando puder, manda uma foto. Os bambis gostaram do seu perfil.

P.S.II: O que uma pessoa espera de um blog chamado "SÓ ABORRECIMENTO"? O nome deveria indicar alguma coisa, certo? Ou tá meio sutil demais?