I'm Just a Violent Guy
A Gabriel Moteiro da Silva é um inferno para pedestres. É uma rua de mão dupla que exige todo cuidado de quem se arrisca em atravessá-la.
Pois estava eu tomando todo o cuidado para me arriscar a atravessá-la, quando um taxista avançou o sinal vermelho e quase me atropelou. Ato contínuo, desencalhei um gutural, potente e sonoro “filho da puta”, desses que se ouve a quadras de distância.
O sujeito não gostou, parou o carro com uma freada assustadora, passou pra outra pista e veio em minha direção.
Se você adivinhar o que aconteceu em seguida, será contemplado com uma passagem (ida e volta), inteiramente grátis, da linha 477P Rio Pequeno – Ipiranga
a) Esperei o carro chegar perto, enfiei o pé na porta e chamei o taxista pra briga. O cara, apavorado, fugiu. Um grupo de transeuntes me aplaudiu enquanto eu me afastava indiferente.
b) Esperei o carro chegar perto, enfiei o pé na porta, arranquei o sujeito pela janela, soquei o estômago dele, bati com a cara dele no pára-brisa, enrolei o pescoço dele com o limpador e me afastei indiferente. Um grupo de transeuntes foi ajudar o taxista desacordado
c) Esperei o carro chegar perto, corri em sua direção, subi pelo capô, dei uma pirueta por cima da capota, caí de pé no porta-malas e pulei pra rua. Quando o sujeito, atônito, começou a entender o que estava acontecendo peguei-o pela nuca e dei com a cabeça dele no volante por quatro vezes. Ao som estridente da buzina disparada, me afastei indiferente. Um grupo de transeuntes foi ajudar o taxista desacordado
d) Esperei o carro chegar perto, mostrei-lhe o dedo médio e corri pra rua Joaquim Eugênio de Lima, que é contramão.