terça-feira, 30 de outubro de 2007

Medo é uma coisa...


"Panicuzinho" é outra.
Domingo passado, fui mesmo ao cinema com o Filipe e a Vanessa ver o tal filme com o Wagner Moura. Tava ansioso por um final de semana agradável com os meus amigos e, mais ainda, por esse que tem sido o motivo de tanto burburinho nas rodas de bêbados risonhos espalhados na Vila Madalena, nas hidromassagens, nas cozinhas, nas bocas de fumo, nas páginas dos nossos jornais, nos cafés, enfim, fui ver a fita tão comentada.
Mas, como tem sido uma constante na minha vida ultimamente, este seria mais um dia de aborrecimento. Acontece que não dá pra se concentrar com alguém do seu lado gritando em falsete toda vez que leva um sustinho, ficando sem ar, se abanando, fazendo comentários do tipo “Ai, meu Deus, coitadinho do menino, gente! Que horror!”, e ainda ficar choramingandinho com qualquer cena de morte.
“Ai, gente! Acho que to com pânico!”
Ora essa, tenha santa paciência! É ataque de faniquito, isso sim! Conheço um chá ótimo pra esse tipo de frescura: Chá de Pau-Barbado.

CINEMA NACIONAL PEGA NO MEU PAU II e outras histórias.

Monica Veloso: exemplo de como a TPM pode
fazer do Brasil um país melhor


Eu não faço o gênero "odeio a Veja! São uns porcos capitalistas, vendidos".
Ao contrário, até me identifico, de certa forma, com a linha editrial da revista.
Mas vocês notaram que ultimamente todos os textos das reportagens parecem que foram escritos por uma mulher indignada e de TPM cujo marido acabou de chegar em casa 4 e meia da manhã?

Como esse pessoal é amphtigo. Preguiça fudida.

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Cristo: "Tens Certeza?"


Sabe essas coisas que te fazem lembrar que você está no Brasil? Então, parece que a semana que passou foi um teste para mim. Acho que o barba tava dizendo: "Vais abrir uma empresa aqui? No Brasil? Tem certeza?" Aí ele resolveu despejar esse Brasilzão de meu Deus na minha cabeça: Leite adulterado, combustível adulterado, queijo de minas adulterado, reconhecer firma, assinar contrato em cinco vias, fiador, seguro fiança, extrato dos últimos três meses, Lula é o nosso presidente e, pra finalizar, sábado à noite uma goteira (de chuva, não de encanamento) encheu meu quarto de água. Detalhe: eu moro em um apartamento recém construído. Mas, como tudo por aqui, as coisas foram mal feitas. Porque eles sabem que no Brasil a gente não reclama, não processa. Se colar colou. Tudo bem. Em fevere tem carná.

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Falando em indignação, domingo, contra minha vontade, fui assistir "Cidade de Deus 2", digo, "Tropa de Elite".
Quando é que o Brasil vai parar de fazer panfleto e começar a fazer cinema? Putaquiupariu! O filme (considerado pelo público e crítica como a melhor coisa do cinema nacional até hoje) é pior que o seu antecessor em tudo: narrativa, roteiro, montagem, trilha sonora, intensidade, ironia, sexo e drogas. Previsivel até o osso, tem mesmo cara de roteiro escrito por policial. Os roteiristas profissionais até tentaram dar uma força, mas não rolou. As personagens têm a profundidade de um pires. O filme só vale pelo elenco. O capitão Nascimento está muito bem interpretado pelo Wagner Moura. Alguns atores também conseguem segurar o interesse pelo filme. Porém, na mesma medida, outros parecem saídos de peças de teatro amador da 8ª série. A direção do José Padilha também merece aplausos mas perde a mão nos momentos em que quer dar lições de moral.
O filme realmente toca em alguns temas importante. Padilha coloca o usuário como um dos responsáveis pela situação do tráfico. Concordo. Mas isso é algo que se fala há tanto tempo e ninguém dá trela. Será que a gente sempre vai precisar de filmes ruins para ter discussões boas? É impressionante como os meios de comunicação estão tratando o cap. Nascimento como se fosse uma pessoa. Por quê a gente não começa a discutir as coisas importantes antes de elas serem colocadas por "artistas" que não entendem nada de coisas importantes? Por quê a gente leva o cinema-verdade mais a sério que a verdade-verdade? Quando a gente vai começar a se entreter com a ficção e discutir sobre os fatos?
Enfim, mais um filme brasileiro, pago por nós (bem no comecinho tá lá: Petrobrás, lei de incentivo à cultura...) e festejado por eles. E todos viveram infelizes para sempre.


Velhos conhecidos: Padre Lancelotti ensina cap. Nascimento e sua turma
de "aspiras" o local exato onde enfiar a escopeta.


P.S.: O Daniel vai falar que eu não gostei do filme porque eu fiquei com medinho. É verdade.

sábado, 27 de outubro de 2007

Letargia matutina

A bola quica, quica, quica...
E eu faço que sim, que sim, que sim...

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Comentário sem comentários (Ou entendeu agora porque o Lula é nosso presidente?)



Anônimo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Salete Lemos é só aborrecimento":

Infelizmente esta jovem senhora de quase 40 anos a internet venham possibilitar a alienados e medíucres espaço para vincular tanta asneiras, talvez um alienado que não conheça o dia a dia dos brasileiros, que não conheça o sofrimento dos mais necessitados, que não sofreu ainda nenhuma perda humana significativa , tenho muita pena de uma mulher que teve a infelicidade de por algo assim no mundo e chamar de filho. Ter opnião é uma direito indiscutivel mas não ter educação e algo que nos iguala a que? eu disse educação algo que vem do berço não o conhecimento adiquirido nas escolas. Parabéns salete lemos voce disse no ar o que eu penso tenho certeza que poderei ve-la em outro telejornal e uma pena que a tve te perdeu

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Hummm...Ficou dodói?


Quirido Titio Mandinho,

Em primeiro lugar o caso não era contigo e sim comigo. O comentário excluído era sem graça e dizia respeito a mim e não ao seu post. Ou você acha que eu ia ficar defendendinho um marmanjo que nem tu? Claro que eu sou a favor da liberdade de expressão! (precisávamos chegar nessa frase mesmo?) E o Pasquim não era tão democrático quanto nós (ou você não lembra que a sessão de cartas era selecionada e muitas vezes inventada pelo Ivan Lessa). Eles não tinham essa malice de 8 miltons que é a interatividade (AAARGH!!!- pensa naqueles atores de rua entrando no seu boteco preferido). É isso que me aborrece. Se esse anônimo fosse um Paulo Francis (se revirou, você viu?) a gente não estaria tendo essa discussão. Vamos dizer que é mais uma editoração que uma censura. Eu não tenho problemas com insultos e sim com falta de graça ou de imaginação. Além disso, minhas censuras nesses casos foram, evidentemente, uma provocação. O curioso disso tudo é que quem pegou corda foste tu! Ah... Manduca! Os ares da Serra do Mar estão te fazendo mal. Venha respirar um pouco de óleo diesel conosco para relaxar.


E não venha me dizer que tem coisas que não se brincam pois você não tem envergadura moral pra isso!

P.S.: Ainda tenho cá comigo que pode ter sido você o autor das frases anônimas e por isso tenha ficado tão bravinho. Ah, seu parvalhão!

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Eu Quero a Minha Pajero


Passei infância e início de adolescência estudando (sei, sei...) numa tradicional escola católica, de orientação marista (foto). Fui aluno bom e aplicado nos primeiros anos. Acontece que, ao entrar na adolescência, atendi aos caprichos do capeta e me tornei um belo espécime de delinqüente juvenil.

Assim, alguns abnegados irmãos maristas, ao ver o Mal levando um de seus pupilos, tentaram – como fez o padre Lancelotti com seu doce marginal – tocar o meu coração (e, eventualmente, o meu pipi), a fim de me livrar da vida dissoluta.

Pois, de posse daqueles preciosos segredinhos de claustro, sabe o que eu ganhei? Nada. Nem um mísero carrinho de rolimã.

Não é justo.

Cotovelos e pombas



Eu não gosto de fones de ouvido. Recorrer a eles é como subir a quase ladeira da casa da minha infância pra tomar banho, quando o que eu quero é continuar fazendo gols e tabelinhas com a guia da sarjeta. Mas minha mãe insiste aos berros e eu não tenho escolha. O pior aborrecimento é ter que fazer algo quando se quer fazer outro algo.
Chegar em casa e ouvir o som da rodovia Raposo Tavares invadindo a sala é de deixar qualquer um maluco. Parece que a cidade, sarcasticamente, mimetiza a bagunça que virou a minha vida. Nenhuma rede, nenhum refresco, nenhum passarinho cantando. Aliás, alguém faz alguma idéia da razão pela qual estão morrendo as pombas desta cidade? Tenho encontrado muitas pombas mortas pelo meu caminho e desconfio que isso é um sinal, a não ser que eu esteja vendo sempre a mesma pomba morta, o que não é difícil,já que devo passar muitas vezes pela mesma rua. É que não tem muito espaço por aí. A falta de espaço é o paradoxo da cidade grande. Me sinto numa mesa de jantar acotovelando meus irmãos pra conseguir mais um pedaço de bife. Por que todo mundo quer sempre ir pro mesmo lugar? E por que todo mundo grita? Com tanta bagunça, com tanto barulho, só me resta aumentar o volume do I Pod até a música virar mais barulho. Eu odeio fones de ouvido.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Velas na mão pelo Padre Lancelotti

Já começaram as orações! Nós do Só Aborrecimento apoiamos a campanha criada pela CAB (Crianças Albinas do Brasil) - "Acenda Sua Vela Para Lancelotti"

sábado, 20 de outubro de 2007

Grandes Nomes Esquecidos da Música Universal



Emerich Raskalkonikov nasceu em Vlslav, norte da Romênia, numa manhã fria de outono do ano de 1854. Sua infância foi muito feliz. Por serem extremamente liberais, seus pais o espancavam apenas quatro vezes por semana (ao contrário da tradição local que dizia para os pais espancarem os filhos sete vezes por dia, sendo duas delas em jejum). Aos sete anos aprendeu a tocar pratos. Seu sonho era ser o primeiro pratista da Orquestra Municipal de Vlslav. Infelizmente, numa manhã fria de outono do ano de 1868, Raskalkonikov pisou numa lebre. Pela tradição local de Vlslav, pisar numa lebre era sinal de que você nunca seria o primeiro pratista da Orquestra Municipal.
Depois do incidente, já na adolescência, Raskalkonikov dedicou-se à composição. Sua primeira obra foi a "Sinfonia nº1" que levou 28 anos para ser concluída. Não porque a obra fosse genial, mas porque Raskalkonikov escrevia uma semicolcheia por dia. Ao terminar a sinfonia, mostrou-a a seu professor e mentor Bernardt Rasmev o qual exclamou: Keimpf Vat Drown! (Sua besta quadrada!). O argumento do professor era que Raskalkonikov apenas copiara, nota a nota, o Concerto de Brademburgo, o que fazia de Raskalkonikov não só uma besta quadrada mas também um perfeito idiota. O compositor então caiu em depressão profunda e ficou seis meses sem passar por baixo de uma codorna.
Após se recompor desse primeiro fracasso, Raskalkonikov mudou-se para a Alemanha onde escreveu seu penúltimo balé Ach Zempr Mein Waffen? (Quem pulou minha ondinha?). Mas ao receber críticas mornas de seu contador, Edmund Babastoy, desistiu de tudo.
No final da vida ainda teve tempo de escrever a introdução do belo Ditch Truf Kampfeitz Nat Ich? (Você jogou confete em mim?). Esta peça de câmara escrita para dois de fagotes e um rolo de macarrão, contava a história de um Pierrô que perdia a fé no Kronesburg (o Carnaval Vlslavênio) após perder a cadeira de 1º pratista da Orquestra Municipal. Infelizmente, Raskalkonikov não conseguiu terminar sua obra-prima
Numa manhã fria de outono do ano de 1902, Emerich Raskalkonikov morre com um ganso entalado na garganta. O prefeito decretou três dias de luto oficial pela perda do ganso.

Padre Júlio Lancelotti é só aborrecimento

Comentário lapidar de um frequentador deste blog -- que prefere manter o anonimato, por ser católico fervoroso, temente a Deus e ao pelotão de choque jurídico do PT --, sobre o "affaire" Julio Lancelotti:

"Na MENOR das hipóteses, tem um pintinho de criança escondido nessa história"

É sempre bom lembrar que, em qualquer chantagem que se preze, é vital que o chantageado tenha algo a esconder, caso contrário a coisa não funciona direito, n'est-ce pas, mon père?

Acima, Padre Júlio Lancelotti, sempre muito bem acompanhado, assiste a uma apresentação beneficente de Edson Cordeiro -- nem queiram saber em prol do quê -- no Sapopemba Square Garden.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Wishful Thinking



Um bom fim de semana para todos (menos para ele, claro!)

Depois do prêmio Ignobel: Faces Magazine



Retratos do fim de tudo: Humberto martins, Romero Brito (ele mora em Miami. Tudo se explica, não?) e a Decadência da Monarquia Britânica.
Detalhe: Na mesma capa, o adeus a Paulo Autran.



foto de ELLIE KURTTZ, publicada na capa da revista Caras

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Nobel Ignóbil


É o fim de tudo. Al Gore, aquele babão messiânico com cara e cérebro de hambúrguer, levou um Nobel.

Definitivamente, o que restou de insigne na "Academia Sueca" foram aquelas revistinhas de sacanagem que aliviavam nossa solidão, numa época em que não se comia ninguém.




segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Los Taturanas at the outset of its career


Uma preciosidade isso aqui. Ainda nos chamávamos Triplets e estávamos no comecinho da nossa longa carreira, em Baltimore, no estado de Maryland, EUA. Para quem não reconhecer, o Leonardo é o da direita, eu sou o da esquerda, e o Filipe está no meio. O Vitor ainda estava no casulo.

Enjoy...

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

ORDEM NO PUTEIRO! - Um editorial malcriado




Eu sei que vocês não devem estar acompanhando, mas o post de Manuel Mann "Salete Lemos é Só Aborrecimento" trouxe com ele alguns leitores para esse blog. E alguns comentários... como direi... mal humorados. Como isso é um blog de desrespeito achei que seria de bom tom explicar aos mais lentos a que viemos.
Vejam os comentários e os comentários sobre os comentários e percebam a que ponto chegamos.

Anônimo said...
O bom é que só sua panelinha comenta...inclusive comentários muito pertinentes ao assunto em questão. Você deve ser um aspirante a jornalista frustrado que inveja a visibilidade da Salete Lemos,seja ela positiva ou negativa...Sorry mas você é patético!!!
Primeiro: Comentário pertinente é coisa de viado.
Segundo: Só a panelinha comenta porque ninguém lê essa merda (e eu prefiro assim- você sabia que só 5% da população mundial é interessante? Pois é.)
Terceiro: Todo mundo sabe que o Manuel é um cantor de blues frustrado, não um jornalista frustrado.


Sylvio Montenegro said...


Foi mal "grande" e "dileto" amigo Manuel Mann. Apesar da consistência de seus comentários, os mesmos também carecem de uma averiguação mais profunda. Realmente você "sabe" o que ocorre dos bastidores hein? Parabéns! Você deveria fazer um programa com o também "candinho" (ARG!) Nelson Rubens! Sylvio Montenegro (O LEGÍTIMO e 1º)


Falar mal do Nelson Rubens nesse blog pode acabar em morte! Entendeu, legitimão?



Anônimo said...

Desatualizada há 20 anos a notícia não deixa de ser uma eterna verdade a ser dita todos os dias, os bancos fazem parte dessa grande "vigarice institucionalizada" que assola em especial o nosso país! Uma empresa
que compra um produto à 0,7 e vende a 8 tem mais de 1000% de lucro e ainda de quebra cobra taxas...
Parabéns à corajosa Salete Lemos, profissional competente e premiada que não se curva aos poderes ou as distorções de imagem como as promovidas por este site...Certo quem afirmou logo acima que seus comentários carecem de maior consistência.

Galvão gritando como se fosse final de copa: E as bandeiras vermelhas vão se agitando no salão!!!

Anônimo said...
Vocês são completamente doentes! Que discussão mais profunda essa, não?Sem contar que o caro Manoel, nem de longe deve ser jornalista. Chamar alguém de palhaço, por escrito pode ser complicado! Espero que a Salete meta um processo na sua cabeça. (...) Ela vai continuar ganhando uma grana preta, seja onde for, enquanto nós continuamos a discutir asneiras num blog como esse!

Primeiro: Sim, nós somos completamente doentes.
Segundo: Quem falou em discuções profundas?
Terceiro: Você é palhaça(o) também. Hum...Não foi complicado. Afinal, como um Anônimo iria me processar? Nem eu mesmo sei a quem eu chamei de palhaço(a).
Quarto: Vejo que na sua visão, ganhar dinheiro é o que importa. Se você soubesse o tamanho da minha conta na Suiça, não faria esse tipo de comentário. Grana Preta é relativo, baby.


Anônimo said...

Cara, como você é BURRO!!!
E eu ainda perdi meu tempo lendo essa m.e.r.d.a que você escreveu.


Profundo. E nem é da nossa panelinha!

Anônimo said...

É pena que a internet se preste a um lixo desses! (...)
Aliás, a linguagem usada pela maioria dos comentariastas dá uma boa idéia da caterva que lê um blog dessa qualidade.
Não é assim que se defende uma opinião civilizadamente

.

Linguagem? Caterva? Quem é você? Aldo Rebelo?


Willy said...
E ainda querem levar discussões com seriedade....Como? Denegrindo os profissionais?? Ela fez um desabafo, como jornalista/comentarista não tinha esse papel de valorar a informação, atribuir conotações pessoais, porém, num país onde pouco vem à tona, onde o silencio supera qualquer bravura ou inconformação, é louvável que um jornalista se disponha a falar algumas verdades. País hipócrita, todos criticam apenas na mesa do boteco..


Será que não deu pra entender que ninguém aqui quer levar discussões com seriedade? Ou vocês ascham que um post como "O Inesquecível Cinema Erótico dos Anos 60" é sério? Isso É para ser uma mesa de boteco mesmo. E a conversa ficou tão chata que eu tô pensando em mudar de mesa, de bar e de país. Quem foi que abriu a jaula dos jornalistas do PT?
E o interessante é que a maioria "assina" como Anônimo.
Como os operadores de telemarketing e as prostitutas. Se bem que pelo menos os operadores e as prostitutas usam pseudônimos. Cadê aquela coragem da esquerda que eu sempre ouvi falar? Nós não temos nenhum compromisso com a verdade nem com o jornalismo. Nosso único compromisso é com a beleza. E a Salete é baranga. Só por isso merece ser tratada assim. Eu sei, eu sei, a maioria das meninas irritadas que comentaram devem ser barangas também. Mas como diria o poeta, as feias que me perdoem, mas beleza é fundamental. Se a Salete fosse a Mulher Samambaia poderia falar bem até do Renan. Ninguém iria reclamar.
Manuel, esse seu post foi o equivalente a convidar o Geraldo Vandré e o Oswaldo Montrenegro para fazer uma canja no show dos Rolling Stones.
Onde você colocou esse link? Para com isso! Voltemos à mesa 12 do Heinz. Ela é muito mais divertida.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Mais Aborrecidos


Acabo de convidar mais um amigo para ser membro (opa!)
ativo (opa!) desse buteco.
Pra quem não conhece o Christian, aqui vai um e-mail que ele me mandou há algumas semanas:

Filipe,

Estou profundamente aborrecido . . .. Com um atraso significativo descobri seu novo Blog. . .

Eu com tanto aborrecimento para compartilhar com vc venho guardando tudo pra mim. Segundo os médicos, isso não faz bem, meu massagista disse que a minha carga de energia negativa está maior a cada visita e o meu Pai de Santo que, mesmo sendo filho de Xangô, preciso maneirar ao botar a razão a frente da emoção.

Os três últimos sambas que escrevi, além de serem em tom menor, não terminam bem. Fora espada de São Jorge do vaso da minha sala está querendo secar sobre os restos da pimenteira que hoje já é pó.

O presidente do meu time está para ser preso a qualquer momento junto com o vice. O líder da oposição, nossa esperança, está com sérios problemas com essa Polícia Federal que fica botando grampo telefônico sem avisar ninguém.

Falando em Polícia Federal e o Senado??? .... Ahhh o Senado, é tão podre que me faz lembrar o Congresso....Ahh o Congresso !!!!!

E o pior é que essas coisas ficam atormentando minha mente todos os dias, quando dirijo por cerca de 1h 20 min para chegar no trabalho na aprazível Barueri.

Foi bom ver o seu blog pra me sentir normal em nosso super aquecido planeta.

Fora isso ta tudo bem . . .

Abraço


Acho que ele entendeu o espírito. Bem-vindo à nossa mesa.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Direto do My Space Music



Era só o que faltava: o Kid Vinil gravou e publicou em sua página no MySpace uma versão power pop de "Love Is All Around", tema de abertura do seriado "Mary Tyler Moore".

E o pior de tudo é que ficou bem legal.

Sua banda nova se chama The Kid Vinil Xperience:

http://www.myspace.com/kidvinilxperience

Desvendado enfim um dos mais bem guardados segredos da história da humanidade


Não, não é o terceiro segredo de Fátima.

Nem a fórmula do xarope da Coca-Cola.

Trata-se da receita do Molho de Cebola do Chopp do Gonzaga.

Consegui com o Magalhães, que tem um programa medonho na TV Santa Cecília, onde visita os botequins mais fétidos da cidade.

Lá vai:

0 segredo está em não cozinhar e nem escaldar as cebolas.
Basta cortá-las bem fininhas, colocar num recipiente com água fria e temperar com bastante óleo e orégano.
Mexa bem, depois deixe descansar na geladeira por 12 horas.
A cebola vai murchar, a acidez vai passar para o óleo e o sabor do molho vai ficar bem acentuado.
Daí retire com uma colher o óleo que vai estar boiando na água, acrescente azeite a gosto, mexa bem, deixe mais uma hora na geladeira, e voilà!

O Heraldo exagerou: "1972" pode ter defeitos, mas não é constrangedor.


Luigi, o filme é bem legal, pode acreditar.

Honesto, verdadeiro, e bem intencionado. Como, aliás, tudo que a Ana Maria Bahiana e o Zé Emílio Rondeau fizeram em suas longas carreiras como jornalistas da cena pop.

Assisti novamente há pouco, e gostei tanto que estou preparando uma cópia caseira dele antes de devolver para a locadora.

Aquela coisa do garotão do filme ser "estranhamente responsável" em relação à escola onde estuda é tipica de gente criada no subúrbio. Ele é de Realengo, longe pra caralho. Natural que ele não tenha a "nonchalance" do pessoal da Zona Sul do Rio.

Além do mais, ele é o Rondeau. E a namorada dele é a Ana Maria. E a história é meio verídica, só alguns fatos foram mudados em nome de algumas conveniências narrativas.

Fora isso, os detalhes de "1972" são primorosos, a reconstituição de época, perfeita, o Lúcio Mauro Filho está a cara do Luis Carlos Maciel, e o papel do Tony Tornado é surpreendente.

E tem ainda a Dandara Guerra, linda filha do Ruy Guerra com a Claudia Ohana, que é muito interessante, em todos sentidos -- a danada tem o porte físico da mãe, a cara (e os olhos azuis) do pai, e o jeito delicado, mas afirmativo, da Ana Maria Bahiana naquela época.

"1972" é o nosso "Almost Famous". E tem a leveza e a delicadeza dos filmes do Domingos Oliveira.

Eu gostei bastante. Recomendo.

domingo, 7 de outubro de 2007

Só aborrecimentos em Taiwan


Saudações a família dos aborrecidos.

Como começar a contar dos meus aborrecimentos made in Taiwan? Tenho que me certificar que não são nada falsificados.
Sabe, pequenos detalhes que geram aqueles grandes e enormes aborrecimentos. Às vezes, prefiro ter um filho redundância do que um filho viado. Mas na maioria das outras vezes, prefiro ter um filho viado que um filho barata. Estas filhas da puta estão em todo lugar desta ilha. Para a alegria de Buda, adotei a política de não matá-las. Apenas quando dão o ar da graca em meu quarto, neste caso, medidas agressivas sao necessárias.
Tem aborrecimentos tão absurdos que demoro um tempo pra digerir. Nesse meio tempo a gente ri (eu e meu português).
Quando cheguei deste lado do mundo e dei meus primeiros passos fora do aeroporto, fui surrada pelo ar abafado. Nao entendi o propósito da calça jeans neste lugar.
Logo no primeiro almoço com o Rotary clube, percebi que não existe tradução em mandarim para 'educação na mesa'. Aqui, tem-se uma liberdade pra falar com comida na boca e fazer o barulho que quiser. E se quiser arrotar, não há problemas, arrote! É engraçado ver as pessoas arrotando naturalmente em farmácias, salas de aula e escritórios. E todos seguem o seu dia, como se ninguem tivesse feito nada fora do comum. Um barato! Dona Neide e dona Nancy entrariam em colapso.
Aqui é tudo apertadinho. Entre uma esquina e outra, sempre vê-se um templo. Na parte velha das cidades, as ruas são estreitas e os prédios sem elevadores. Eu moro num destes. Quando cheguei com minhas duas malas de 32kg, minha host mãe pegou a bolsa da minha mão e falou: 'ok, to esperando você lá em cima. 4º andar'. Cheguei com a primeira. Suando como cavalo, depois de dois dias de aviões e aeroportos, sem banho.Tomei ar na descida. Merda! Lembrei, a segunda mala quebrou na viagem. Pois esta, custou um pouco mais da minha força intelectual. Posso dizer que tudo correu bem.
Agora, os aborrecimentos são aqueles corriqueiros do cotidiano. Ja conquistei o uso livre da maquina de lavar roupa. Na minha escola, um amigo crente me descobriu sem religião. Quer me pregar a biblia todo dia.
Descobri a maneira de burlar o metrô, para dias sem dinheiro.
No escritório da host mãe, onde passo as manhãs, um senhor vem todo dia bater um lero comigo. Ele fala um inglês duro e difícil de entender. Muitas das coisas que conta não tem sentido algum. Outro dia me explicou que precisamos nos vestir bem pra ir ao teatro. E sempre me conta a história de quando viu um 'wei ka pam tok' (mendigo) trablhando na rua. Me explica que existem 5 maneiras de atuar neste caso. Ontem, quando finalmente perguntei quais são as tais maneiras, o cara as esqueceu! Depois de pensar um pouco com os lábios apertando a lingua fora da boca, lembrou de 4. Conforme foi me falando, ele mesmo avaliava se era uma boa ou nao.
-Jogar pedra. (não boa)
-Matar. (não boa)
-Levá-lo pra casa (boa!)
-Enxotar o mendigo (so so)
Vou filmar uma destas conversas para entenderem o tipo de loucura de que estou falando.
Comida quando tem gosto, é um gosto rançoso. Tudo tem textura de papinha de nenê, é meio branquelo e tem porco.
Nunca tinha tido frieira. Aqui, duas vezes.

Na rua, chamo atenção por não ter cabelos lisos e pretos, ou olhos puxados. Cada pessoa doida que para pra conversar comigo.

Às vezes saio andando pelo meu quarteirão pra bater um papo em chinês. Saio perguntando 'o que é?' ou 'quanto custa?'. Na maioria das vezes não entendo a resposta. Mas sempre tomo um cha com a família dona da loja e tenho uma conversa de sorrisos.
Adoram Karaokê. Tenho tomado aulas de canto toda semana com velhinhas taiwanesas. Um absurdo! Tambem quero filmar uma aula. Quando vejo tomo mundo desafinando junto, perdendo o tempo separado, e tentando imitar o vibrato exagerado da professora, demoro a acreditar que é de verdade.
Experiências malucas! Quando cheguei tudo parecia um filme. Mas, agora, acho que estou me acostumando.

Estou feliz!



Preciso partir. Filipe, primo, coloque os acentos neste texto, por favor? Não tenho este luxo aqui.
Sinto saudades, claro.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Pílulas de Sabedoria


Não tem nada mais chato que um texto legal.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Post mortem




Acordei contente, esta manhã. Dei bom dia para a minha madrasta, para o meu irmão mais novo, tomei minhas pílulas da felicidade, meu banho e me preparava para ir à minha sessão gratuita de análise.

Dei bom dia para a faxineira – deixei três camisetas pra ela passar – tomei um copo de leite, passei o desodorante e abri a mochila, procurando uma anotação em um dos meus dois cadernos. São cadernos pequenos, presos por espiral, onde anoto os meus afazeres diários, que nunca leio.

No mais antigo e usado, dado de presente no primeiro dia do meu atual trabalho, há cinco meses, uma anotação me chamou a atenção. Deu tapa, desses que a gente leva de vez em quando e te faz, por dois minutos, reviver alguma coisa. Como quando a gente sente o mesmo cheiro do perfume da professora da primeira série – o primeiro grande amor platônico. Aquele olor te transporta até o pátio da escola, faz até o ouvido zunir com os gritos agudos das meninas jogando queimada.

“Eu te amo muito, bonitinho. PUTÃO MAIS LINDO DO MUNDO!” Tava lá, escrito, com todas as letras. Nunca tinha lido antes. Era pra ser uma surpresa. Tornou-se o recado de um amor post mortem. Escrito quando ainda era vivo. Por três segundos, a minha respiração parou. Senti como se a ponta do lápis tivesse se desfeito poucas horas antes naquele pedaço de papel, bem entre a anotação do horário de uma reunião e de uma estrela de telefone, daquelas que a gente faz quando está ouvindo um interlocutor do outro lado da linha. Naquele instante, cheguei a vê-la deitada na cama à minha frente, semi-nua, uma perna para fora das cobertas, os olhos inchados, o cabelo bagunçado e o mau humor matinal.

Mas a realidade se mostrou novamente, com todas as perguntas sem resposta que habitam o lugar comum dos romances. "Como algo tão genuíno pôde acabar? Quem é o culpado? Foi assassinato ou morte natural?" Doeu, como uma cicatriz que dói com a mudança do clima. Por esse fim tão sem final, sem créditos e música-tema. Nem triste, nem feliz. Simplesmente uma ruptura. O rolo queimou no meio da sessão.

Coincidência. Hoje, na análise, chorei pela primeira vez.

Café Filosófico


O aroma é a expressão do café expresso

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Athena, Minha Primeira Paixão Platônica



Lembro que a vi pela peimeira vez num final de tarde, em 1967, logo após o programa "Jovem Guarda", na TV Record.

Antes que eu me habilitasse, ela se encantou perdidamente pelo Dr. Zachary Smth, o penetra da tripulação do Jupiter 2, e eu dancei.

Por conta disso, passei boa parte da minha infância querendo ser o Dr. Smith quando crescesse.

Meu desgosto foi tamanho que tomei vários porres de Ovomaltine -- que era o patrocinador de "Perdidos No Espaço" --, e devorei doses quase letais de uma iguaria exótica -- já extinta, felizmente -- chamada Mandiopã.

Foram anos até eu finalmente conseguir me reabilitar dessas drogas pesadas. Não foi fácil. Mas escapei sem sequelas. Acho.

No entanto, até hoje sonho, vez ou outra, com Athena, a adorável garota psicodélica da Dimensão Verde, da terceira temporada de "Perdidos No Espaço".


PS; Antes que eu me esqueça, o nome da atriz que interpretava Athena é Vitina Marcus. Descobri na web que ela deixou a carreira artística em 1970 e virou uma das corretoras de imóveis mais conceituadas de Los Angeles. Pelas fotos recentes que vi, tiradas numa convenção de corretores de imóveis, Vitina Marcus continua dando um belo caldo -- verde? -- até hoje.

Pra começar a semana :)




Deu no UOL:

- "O Brasil é o penúltimo colocado em número de pessoas alfabetizadas na américa latina" (só atrás da Bolívia)

- "Em SP, no final do 2º grau, 43% dos estudantes mostram conhecimentos de leitura e escrita esperados da 8ª série". Eles não conseguem, por exemplo, compreender o efeito de humor provocado por ambigüidade de palavras ou reconhecer diferentes opiniões em um mesmo texto.

- "A cidade de São Paulo responde por 1% de todos os homicídios do planeta - apesar de ter apenas 0,17% da população mundial".


E ainda tem gente que reclama desse Brasilzão de meu Deus!
Ô pôvo ingrato!

Bom, vou ficando por aqui, pessoal.
Uma ótima semana para todos.
Bons fluidos. :)